ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 03-12-2015.
Aos três dias do mês de
dezembro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Bernardino
Vendruscolo, Cassio Trogildo, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Thiago,
Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger,
Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex
Fraga e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram Airto Ferronato, Antonio
Matos, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, João
Bosco Vaz, Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mendes Ribeiro,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra e Titi Alvares. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de
Resolução nº 047/15 (Processo nº 2467/15), de autoria de Delegado Cleiton; o
Projeto de Resolução nº 049/15 (Processo nº 2597/15), de autoria de Marcelo
Sgarbossa; o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 029/15 (Processo nº
2532/15), de autoria de Márcio Bins Ely; o Projeto de Resolução nº 053/15
(Processo nº 2777/15), de autoria de Paulo Brum. Também, foi apregoado o
Memorando nº 020/15, de autoria de Reginal Pujol, informando, nos termos dos §§
6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, no dia três de dezembro
do corrente, na Convenção Nacional do Democratas, em Brasília – DF. A seguir, o
Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Taís Duranti Pereira e a
Fabiana de Araújo Ribeiro, respectivamente Vice-Presidenta e Presidenta do
Movimento de Defesa Animal do Rio Grande do Sul – MDA/RS –, que se pronunciaram
acerca do veganismo como filosofia de não exploração animal. Em continuidade, nos termos do artigo 206
do Regimento, Rodrigo Maroni, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely e João Carlos
Nedel manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Os
trabalhos foram suspensos das quatorze horas e trinta e sete minutos às
quatorze horas e trinta e nove minutos. A seguir, foi aprovado Requerimento
verbal formulado por Paulo Brum, solicitando alteração na ordem dos trabalhos
da presente Sessão. Em
PAUTA, discussão preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do
Executivo nº 037/15; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do Executivo
nos
023, 025 e 026/15, o Projeto de Lei do Legislativo nº 266/15 e o Projeto de Lei
do Executivo nº 041/15. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Dr. Goulart, Kevin Krieger, este em tempo cedido
por Guilherme Socias Villela, Dr. Raul Fraga, este em tempo cedido por Idenir
Cecchim, Rodrigo Maroni, Márcio Bins Ely, Titi Alvares, Prof. Alex Fraga, João
Bosco Vaz, Clàudio Janta, Prof. Alex Fraga, este em tempo cedido por Fernanda
Melchionna, e Dr. Thiago. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Bernardino
Vendruscolo, Antonio Matos, Clàudio Janta, Sofia Cavedon e Prof. Alex Fraga. Em
GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se Paulo Brum e Paulinho Motorista. Durante a
sessão, Rodrigo Maroni manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às dezesseis
horas e cinquenta e sete minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para sessão extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos por Mauro
Pinheiro, Paulo Brum e Delegado Cleiton e secretariados por Paulo Brum. Do que
foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos à
A Tribuna Popular de hoje terá a presença do
Movimento de Defesa Animal do Rio Grande do Sul – MDA/RS, que tratará de
assunto relativo ao Veganismo como Filosofia de não Exploração Animal. O tempo
regimental de 10 minutos para manifestação será dividido entre duas oradoras. A
Sra. Fabiana de Araújo Ribeiro, Presidente do MDA, e a Sra. Taís Duranti
Pereira, Vice-Presidente do MDA, estão com a palavra.
A SRA. TAÍS
DURANTI PEREIRA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, primeiro gostaria
de agradecer por estar aqui; era algo impensável, até bem pouco tempo atrás,
estarmos numa Câmara de Vereadores para falar sobre direitos animais. Acho que
isso é uma conquista de todos os ativistas que lutam por esta causa.
Nossa manifestação é alusiva ao Dia Mundial do
Vegano, que se comemora no dia 1º de novembro. Esse dia foi estabelecido em
1994 por Louise Wallis, então Presidente da Sociedade Vegana da Inglaterra, a
instituição vegana mais antiga do mundo, que oficializou o termo “vegano”.
Um dos grandes marcos dos direitos animais foi o
lançamento, em 1970, do livro Libertação Animal, do filósofo Peter Singer. Foi
a partir dessa obra que o pensamento crítico sobre os direitos animais tomou
impulso, com o desejo de inclusão de todas as minorias, fundando um novo
paradigma para todas as ciências.
Foi então que surgiu a expressão “especismo”, que
trata do preconceito do homem contra outras espécies. O pensamento especista dá
ao homem o direito de explorar demais animais. Para o veganismo, todo aquele
que tem senciência, a capacidade de reconhecer-se como indivíduo, de rejeitar a
dor e a morte e preferir a vida e o prazer possui direitos de pessoa.
Em 2012, um novo marco inesperado veio solidificar
a Teoria dos Direitos Animais. Um grupo dos maiores neurologistas
internacionais, liderados por Philip Low, publicou a Declaração
da Universidade de Cambridge, onde afirma que suas pesquisas comprovaram
existência de memória, emoções e inteligência em todas as espécies de animais
analisadas.
“Agora não podemos
mais dizer que não sabíamos”, afirmou Philip Low, que, logo em seguida, se
tornou vegetariano. Segundo ele, a humanidade deve imediatamente rever a forma
como trata os animais.
Porto Alegre vem se
tornando rapidamente uma das cidades mais veganas do Brasil, com adesão em
massa da juventude, com eventos importantes para a causa, com obras de fôlego
produzidas por acadêmicos locais.
É preciso que esse
novo modelo de pensamento mais ético e tolerante seja conhecido de todos, pois
é possível, sim, viver sem explorar animais. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Convido a Sra.
Taís a fazer parte da Mesa.
A SRA. FABIANA DE ARAÚJO RIBEIRO: Boa tarde. A
nossa ONG Movimento de Defesa Animal tem como objetivo trabalhar para que não
haja mais o descarte de ninhadas, o abandono e a exploração de animais. O nosso
trabalho vem sendo feito principalmente na zona periférica de Porto Alegre,
onde existe muito descarte de animais e de ninhadas. Nas vilas de Porto Alegre,
a maioria dos animais tem dono, tem tutor, mas esses tutores deixam esses animais
à deriva nas ruas, catando lixo, cruzando e tendo seus filhotes.
(Procede-se à
apresentação em PowerPoint.)
A SRA. FABIANA DE ARAÚJO RIBEIRO: Essa aqui é
uma das casas que nós ajudamos; levamos ração, foram castrados todos os animais
dessa senhora, que é uma pessoa que tem filho pequeno e é uma acumuladora de
animais. Essa cadela nós conseguimos tirar dali e encaminhamos para adoção.
Hoje ela tem outra vida, tem um dono, vive livre num espaço com gramado. Outra
delas que a gente conseguiu tirar é essa que o senhor está levando. Ela tinha
pneumonia, verminose em estágio avançado e alergia à
pulga. Então, esse era o estado da cachorra, a retiramos; essa é ela hoje.
Essa é outra, do lado
esquerdo da foto, uma das cachorras que a gente tirou e que foi abandonada com
uma ninhada, conseguimos a sua recuperação total e a adoção.
Essa é uma cachorra
que tinha tutor, tinha uma doença, uma TVT, e andava solta nas ruas. Muitas
vezes, não é só castração que a gente precisa, precisamos tratamento de saúde
para esses animais. Então, ela foi tratada, castrada e hoje vive com uma tutora
que dá tudo para ela.
Esse é outro caso de
TVT, que a gente tirou da vila, e essa moradora pediu para a gente ajudar. Esse
é o TVT.
Esse é um gato
forçado a tomar cachaça pelo seu tutor. Nós compramos o animal do tutor na vila
e o retiramos de lá. Hoje ele vive com um novo dono. E aqui outra ninhada que
ia ser descartada pelos moradores da vila; hoje conseguimos doar todos, estão
todos bem, todos ótimos.
Essa aqui nós
recebemos um pedido de ajuda, porque essa cachorra tinha dado cria na rua,
embora tivesse tutor. Nós conseguimos retirá-la da vila com todos os filhotes e
encaminhar para a casa de passagem; hoje estão todos doados.
Essa foi uma ação que
a gente fez: uma retirada de maus-tratos no bairro Sarandi. Conseguimos retirar
os animais que viviam em condições péssimas, todos na chuva, na corrente e sem
casinha. Agora estão ótimos, todos foram adotados, só faltam dois, mas estão
bem na casa de passagem até aparecer bons tutores. Então, como você pode
colaborar? Compartilhando nossas postagens, incentivando a castração de
animais, fazendo doações para a nossa ONG ou sendo voluntários das nossas
ações. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Rodrigo
Maroni está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O SR. RODRIGO MARONI: Boa tarde, Presidente
Mauro Pinheiro; Paulo Brum; colegas; colegas que estão aqui presentes; público
que nos assiste nas galerias; as meninas aqui lutadoras do Movimento de Defesa
Animal do Rio Grande do Sul – MDA –, Sra. Taís Duranti Pereira e a colega que a
acompanha aqui. Quero dizer que fico muito contente de vocês estarem presentes
aqui. Acho que é fundamental que a Tribuna Popular seja ocupada sempre por movimentos
de defesa dos animais, principalmente no nível de dedicação que essas moças
têm, que eu diria até que é um radicalismo do bem – a vida delas é para isso.
Eu tive a oportunidade de acompanhá-las numa destas intervenções que elas
fazem, lá no bairro Sarandi, e vi a dedicação e o envolvimento delas. E eu
sempre comento aqui que, lamentavelmente, vocês, como protetoras, cumprem,
muitas vezes, na maioria das vezes, na verdade, o papel dos agentes públicos.
Por falta de políticas públicas, por falta de pessoas no serviço público, as
protetoras acabam cumprindo um papel não só aqui em Porto Alegre, que vocês
cumprem, mas a gente sabe, no Interior, em várias Cidades, onde, muitas vezes,
não há nenhuma diretoria dos animais. Muitas vezes não há nem 0,1 para os
animais. Então, é do voluntariado, e aqui também se sobrevive muito do
voluntariado e do papel das protetoras. Parabéns para o MDA, continuem fazendo
essa luta, que é muito saudável, muito para o bem e que, com certeza, cria
escola e sensibiliza mais pessoas. Eu fico muito feliz de ter conhecido vocês.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lourdes
Sprenger está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr. Presidente; representantes do Movimento de Defesa Animal, Dra.
Fabiana, Taís Duranti, que são pessoas que, há muitos anos, estão envolvidas
com a defesa animal, eu quero demonstrar a importância desta Tribuna Popular
para mostrar a filosofia do veganismo, desconhecida por muitas pessoas. Hoje se
vê este crescimento que, conforme estatísticas, 9% da população brasileira é
vegetariana. E o estudo foi realizado em diversas regiões metropolitanas,
inclusive em Porto Alegre, em pessoas de ambos os sexos das classes A, B, C, D
e E, com idades de 12 a 64 anos; então, se observa esse crescimento, mesmo
porque hoje a facilidade de se optar, nos bufês, por um outro tipo de
alimentação facilita a adesão até mesmo por questões de saúde.
Também quero salientar que, quando nós aprovamos
aqui a inclusão do Dia do Vegano no calendário de datas comemorativas no
Município, foi visando dar essa visibilidade e proporcionar aos veganos o seu
espaço junto aos meios de comunicação e que possam fazer suas comemorações de
maneira independente e com o apoio do Município.
Quero cumprimentar mais uma vez vocês por
desenvolverem duas tarefas: no que diz respeito ao veganismo e no que diz
respeito ao bem-estar animal, pelos resgates, pelos atendimentos, pela atuação
nas vilas com toda a dedicação, Dra. Fabiane – a senhora, que é professora
também da faculdade, e se dispõe a executar esse trabalho.
Nós sabemos hoje que, cada vez mais, está difícil
reencontrar lares para adoção e que, realmente, as políticas públicas ainda são
deficientes e deixam o cidadão sem informação para saber o que fazer. E quem
vai fazer as coisas quando se depara com um problema animal são as protetoras,
são essas ONGs que estão aí, são vocês, que estão despontando com feiras de
alimentação vegana, com brechós, porque só assim conseguem arrecadar recursos e
cumprir todas as demandas que chegam até vocês. Parabéns. Contem sempre
conosco.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Boa tarde. Quero cumprimentar a Mesa, Ver. Mauro Pinheiro, Ver. Paulo
Brum; Dra. Fabiana e Dra. Taís Duranti Pereira, Vice-Presidente. Quero também
cumprimentar, em nome da bancada do PDT, esse trabalho que vocês vêm
desenvolvendo através do Movimento de Defesa Animal do Rio Grande do Sul,
MDA/RS, entidade.
Hoje aqui foi pautada a questão do veganismo como
filosofia de não exploração animal, mas chamo atenção para as fotos, porque, às
vezes, as fotos falam mais do que mil palavras. Então eu quero aqui, em nome da
bancada do meu partido, o PDT – Ver. Márcio Bis Ely, Ver. João Bosco Vaz, Ver.
Nereu D’Avila, Ver. Dr. Thiago e Ver. Delegado Cleiton – cumprimentar por esse
trabalho. Realmente é um trabalho de resgate; ele desperta também o sentimento
e o carinho pelos animais. É muito importante que nós possamos ter também essa
atenção. Então, que bom que temos uma entidade organizada que está aí se
dispondo. Vocês vêm aqui, expõem as propostas, o seu modus operandi, que é como funciona o trabalho do dia a dia da
entidade
Então fica aqui o nosso reconhecimento. Vida longa
à entidade de vocês! Contem com a nossa bancada e com o reconhecimento da
Bancada do PDT. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João
Carlos nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O Sr. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre Presidente
Mauro Pinheiro, quero cumprimentar as duas meninas que vêm aqui. Vocês vêm nos informar, nos
orientar e, inclusive, pedir algumas providências, o que é muito bom; por isso,
sejam muito bem-vindas! Esta, realmente, é a Casa do Povo. Nós temos dois ou
três Vereadores que adotaram a causa animal, então vocês têm, aqui,
interlocutores fortes e batalhadores! Muito obrigado por estarem aqui, porque vocês
estão nos informando sobre essa batalha em prol do bem, e, quanto a isso, Porto
Alegre já é um exemplo para várias cidades. Falo em nome da nossa bancada, em
meu nome e em nome dos Vereadores Kevin Krieger, que é Líder do Governo, Mônica
Leal e Guilherme Socias Villela. Sejam muito bem-vindas! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Agradecemos a presença da Sra. Fabiana de Araújo Ribeiro e da Sra. Taís
Duranti Pereira, Presidente e Vice-Presidente do MDA – Movimento de Defesa
Animal do Rio Grande do Sul. Esta Casa estará sempre à disposição. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h37min.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum – às 14h39min): Estão reabertos os trabalhos.
Proponho aos
Srs. Vereadores a inversão da ordem dos trabalhos para que, primeiramente,
passemos à Pauta e, logo a seguir, entremos no período de Comunicações. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam a inversão proposta permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2528/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 037/15, que altera os incs. I, IV, V e VI do
art. 1º da Lei nº 7.930, de 19 de dezembro de 1996, autoriza o Poder Executivo
Municipal a prorrogar os prazos dos contratos de concessão de uso com a Empresa
BR PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/A e dá outras providências.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2558/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 023/15, que altera os arts. 7º e 8º e revoga o
art. 12, tudo na Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985, que
estabelece o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto Alegre,
dispondo sobre o acesso dos estrangeiros aos cargos públicos municipais.
PROC.
Nº 2707/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 026/15, que institui o Sistema Financeiro de
Administração Centralizada (SIFAC), como instrumento de centralização em conta
bancária única dos recursos financeiros do Poder Executivo do Município de
Porto Alegre.
PROC.
Nº 2632/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 041/15, que dispõe sobre a regularização dos
débitos das instituições conveniadas com o Município ou mantidas pelo Estado e
cadastradas como beneficiárias da tarifa social no Departamento Municipal de
Água e Esgotos – DMAE, decorrentes da prestação dos serviços de abastecimento
de água e remoção de esgotos.
PROC.
Nº 2634/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 025/15, que altera os incs. I, II e III do § 1º
do art. 196 da Lei Complementar nº 395, de 26 de dezembro de 1996.
(multa/fiscalização sanitária)
PROC.
Nº 2755/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 266/15, de autoria da Mesa Diretora, que inclui
§ 6º no art. 50, §§ 5º e 6º no art. 50-F, §§ 5º e 6º no art. 50-G e § 10 no art.
50-L da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 – que estabelece o Sistema de
Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá
outras providências –, e alterações posteriores.
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Não há Vereadores inscritos
para discutir a Pauta. Está encerrado o período de Pauta.
Passamos às
O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Dr. Goulart está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DR.
GOULART: Meu querido Presidente, Paulo Brum, meus queridos colegas, o assunto que
vou falar em Comunicações é uma matéria que nós vamos estar, logo, logo,
votando aqui; logo, logo, decidindo. Mas antes eu tenho que dizer uma frase
dessa luta que estamos tendo agora, como bom funcionário público que sou, da
Saúde, do Hospital Fêmina, do Grupo Hospitalar Conceição – GHC, – que não
deixemos... Eu não sei como evoluiu a situação das nossas taquigrafas, mas
espero que evolua bem para o lado do funcionalismo público.
Meus queridos, nós temos aí uma matéria que faz
parte das ações de desenvolvimento da cidade de Porto Alegre, que é a chegada
desses caminhões de alimentação à la chef,
não em lugares pomposos ou lugares mais diferenciados, mas em alguns caminhões,
Ver. Paulo Brum, que vendem comidas especiais que são os food truck. Esta lei está para ser votada logo em seguida aqui, e
nós precisamos dar uma estudada bastante grande nela, meu querido Kevin, meu
Líder, para que a gente não tenha muita dúvida na hora de votar, para que a
gente possa fazer o encaminhamento desse assunto que é uma beleza de
funcionamento nos paises desenvolvidos. Na Europa, nos Estados Unidos, há muito
tempo existem esses caminhões que, de maneira popular, levam comida
diferenciada, que se chama tipo à la chef
para a população.
O Sr. Kevin
Krieger: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Caro Ver. Humberto
Goulart, nosso ex-Secretário da SMIC, acho que é importante, dentro da tua
gestão, salientar o quanto foi bem feita toda essa estruturação deste projeto
de lei, inclusive com audiência pública, mas, a pedido de alguns Vereadores,
para que pudessem ter um pouco mais de tempo, nós decidimos não votar hoje à
tarde e votarmos na segunda-feira. Este vai ser o terceiro projeto a ser votado
na Ordem do Dia, ou seja, temos mais alguns dias para discutirmos e debatermos
sobre o projeto.
O SR. DR.
GOULART: Muito obrigado. Fico agradecido, meu Líder. Que bom que o Governo e o
Vereador estão se preocupando com isso, porque eu tentei organizar, tentei que
eles continuassem acontecendo na cidade de Porto Alegre,
e vários eventos continuam acontecendo, mas tiveram de parar um pouco, nas
ruas, até que viesse a nossa lei, porque eu precisava experimentar, saber como
se comportam, o que precisamos para fazer com que a lei passe e funcionem as
taxas, tributos e localização. Então, eu fico feliz que vamos poder votar logo
em seguida, uma vez que vem se tratando desse assunto há horas. Já houve, neste
plenário, uma grande manifestação de assembleia pública aqui conosco. Eu
imagino que os food trucks, em
seguida, estarão trazendo divisas para a Cidade, trarão um bom atendimento, e
volto a dizer para fixarmos: alimentação semelhante a que se come em ambientes
um pouco mais caros, mais sofisticados, levando para qualquer pessoa da
população esse tipo de ação, que eu acho democrática e pertinente.
Agradeço, mais uma
vez, ao meu querido Ver. Kevin Krieger, que se preocupou com essa matéria.
Quero agradecer, de uma maneira muito especial, ao nosso querido Ver. Delegado
Cleiton, que teve dois momentos importantes: primeiro, apresentando um projeto
nesse mesmo sentido que o nosso, e topou em retirar o seu projeto porque o
Governo tinha apresentado com a SMIC outro projeto. E, agora, ele pede urgência
e coordena o trabalho com o Ver. Kevin Krieger para que tenha a sensação de que
esse projeto também é muito dele.
Então, que possamos
votar com tranquilidade, é matéria que já foi muito estudada e que é boa.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Kevin
Krieger está com a palavra em Comunicações,
por cedência de tempo do Ver. Guilherme Socias Villela.
O SR. KEVIN KRIEGER: Boa tarde, Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste em
casa, faço questão aqui de
referendar todo o trabalho que o
Ver. Dr. Goulart fez em relação a essa matéria. E eu não tenho dúvidas de que,
na segunda-feira, Dr. Goulart, nós estaremos fazendo uma grande discussão e
dando um grande passo para que a Cidade de Porto Alegre tenha a legislação dos food trucks, que são uma novidade na
nossa Cidade, mas que já vêm trabalhando há um bom tempo e, que, sem dúvida
nenhuma, é mais um mercado importante para que possamos ter empresários
trabalhando e fazendo mais um rendimento importante, inclusive mais impostos
para a nossa Cidade.
Também quero
aproveitar a oportunidade para dizer que tivemos, na semana passada, uma
votação em relação ao Uber, aos serviços individuais de transportes na nossa
Cidade, e eu vejo que esta Câmara tomou uma decisão importante. Votei contra o
projeto, mas foi importante salientar que esta Casa deu um grande passo para a
regularização, Ver. Cassio, desse serviço na Cidade. Muito se falou na
imprensa, Ver. Dinho, que a Câmara tinha proibido exclusivamente esse serviço,
e as emendas que foram feitas por diversos Vereadores nesta Casa garantiram que
esse serviço será regulamentado na nossa Cidade. Faço questão de salientar isso
porque muitas vezes passou-se por redes sociais e na imprensa que esta Casa
simplesmente tinha proibido esse serviço, e, com as emendas de diversos
Vereadores – que foram contempladas –, ela proibiu até que seja regulamentado o
serviço, que é o que nós precisamos ter na Cidade: a regulamentação desse
serviço, que é fundamental, novo, mas que precisa, minimamente, ter uma
regulamentação do Município de Porto Alegre.
Queria parabenizar os
Vereadores que fizeram essas emendas, apesar de eu ter votado também contra o
projeto, porque eu entendia que, hoje, a lei que existe na Cidade, ela já
funciona dessa forma. Ela trabalha, hoje, a Prefeitura, a EPTC, de forma
ilegal, e a decisão judicial colocou isso quanto a um encaminhamento que a
Defensoria Pública fez, mas o Prefeito Fortunati também criou um grupo de
trabalho no Governo Municipal para que possamos, de forma rápida e eficiente,
buscar a regulamentação desse serviço.
Hoje, participam
desse grupo de trabalho a EPTC, através do seu Presidente, Vanderlei
Cappellari, a Procuradoria-Geral do Município, com a Procuradora-Geral do
Município, Cristiane Nery, o Chefe do Gabinete do Prefeito, Ricardo Gothe;
Secretário da Governança, Cesar Busatto,
e eu fui convidado também para participar desse grupo, que estão, Ver. Clàudio
Janta, chamando o Ministério Público, as entidades de TI e todas as outras que
têm a ver com esse serviço, Ver. Márcio Bins Ely, para discutir e trazer
sugestões para que possamos, o mais rápido possível, na cidade de Porto Alegre,
ter esse serviço regulamentado. Não a empresa A ou a empresa B, mas o serviço
regulamentado. Então, o que Executivo e o Legislativo têm a obrigação de fazer
é buscar uma solução para as novidades, para as tecnologias, mas, sem dúvida
nenhuma, precisamos, sim, fazer um trabalho sério de regulamentação desse
serviço.
Ver. Clàudio Janta,
eu acho que outro ponto fundamental, e tenho certeza que V. Exa. vai concordar
comigo, também fazermos as mudanças necessárias na legislação, hoje dos
taxistas. Porque muitas coisas hoje são exigidas dos nossos taxistas que
poderiam ser refeitas e poderíamos qualificar muito mais o serviço de táxi também.
Nós temos que ter os dois serviços bem executados na Cidade, e os dois precisam
de regulamentação. Um serviço já tem e precisa ser melhorado; o outro nós
precisamos regulamentar. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Dr.
Raul Fraga está com a palavra em Comunicações, por cedência do Ver. Idenir
Cecchim.
O SR. DR. RAUL FRAGA: Sr. Presidente,
Vereadores, Veladoras, todos que nos assistem, no primeiro momento, gostaria de
dizer da minha satisfação de ter participado, ontem, de um evento importante na
área da Saúde que foi promovido pela Fehosul – Federação dos Hospitais e
Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul, através do seu Presidente,
Cláudio Allgayer, e do Sindihospa – Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto
Alegre, através do seu Presidente, Fernando Andreatta Torelly, que fez uma
premiação na área da Saúde àquelas pessoas grandemente destacadas e foram ali
homenageadas. Achei de uma relevância muito importante, porque ali foram
homenageadas pessoas como o Dr. Pozzebon, o Dr. Claudio Seferin,
o nosso Secretário de Saúde do Estado, Dr. João Gabbardo dos Reis. Estava
lá presente o nosso Governador do Estado, inclusive, o Sartori. Realmente,
nota-se lá que, a pesar de todas as dificuldades que existem entre o Governo, a
falta de recursos, hospitais filantrópicos, existe uma grande vontade de que as
coisas aconteçam, de que a saúde melhore e de que elas continuem dando certo.
Claro que só de vontade não se vive. Nós sabemos que, em torno do ano 2000, 60%
do bolo da saúde vinham do Governo Federal. Atualmente, são apenas 40% desse
bolo, ou seja, não aprovamos a Emenda nº 29 no nosso Congresso Nacional, que
dava 10% para a saúde da renda tributária líquida, enfim. E hoje a saúde carece
de recursos, inclusive no Orçamento federal temos um indicativo de corte de
quase R$ 4 bilhões, então não é pouco recurso.
Eu queria aproveitar
esse tema da saúde e resgatar junto aos colegas um projeto que apresento aqui
na Casa criando um posto de saúde 24 horas em cada região do Orçamento
Participativo. Na realidade, não se trata de construir nada; que possamos
remanejar pessoal e dar condições para que as pessoas tenham próximo às suas
casas, no sábado, domingo, feriado, a partir das 6 horas da tarde de todos os
dias, pelo menos um posto com funcionamento 24 horas.
Uma outra questão
importante que está nos noticiários, algo que está sendo capitaneado pelo nosso
Deputar Osmar Terra, em Brasília, é a epidemia de microcefalia. Nós temos que
ter uma atitude drástica em Porto Alegre também em relação a essa matéria,
porque existe uma correlação comprovada da microcefalia, que existia em pequena
quantidade e que agora está realmente epidêmica no País, em especial no
Nordeste. Nós sabemos que essa diminuição do cérebro das crianças, do crânio,
traz enormes problemas, sabemos que o Nordeste, principalmente em Pernambuco,
está apresentando um grande número de casos neste ano, chegando próximo a
setecentos casos. Nós precisamos enfrentar o combate ao mosquito da dengue. Na
realidade, o Aedes aegypti era o
mosquito da dengue. Hoje ele é o mosquito da febre chicungunha e do Zica vírus,
pois ele também transmite esses vetores, que estão cada vez mais próximos de
nós.
Ainda completando o
meu tempo, gostaria de falar de outro projeto que protocolei que é sobre a
criação de um sistema de aquatáxi em Porto Alegre. Nós precisamos estimular
todos os modais e nós temos a nossa malha hidroviária muito pouco explorada. Há
uns quatro ou cinco anos, falei com o Secretário Cappellari sobre esse assunto:
colocar, por exemplo, o catamarã na Ilha da Pintada. Faz uns três anos que ele
disse que iria se viabilizar; até hoje, isso ainda não aconteceu. É uma
perspectiva que se cria, para que pequenas embarcações, ao longo do rio, possam
criar linhas e transportar individual ou coletivamente as pessoas na cidade de
Porto Alegre. Acho que é um assunto que deve ser avaliado pelo Governo para ser
regulamentado e colocado em prática.
Gostaria de desejar
tudo de bom para todos, porque eu muito pouco falo aqui. Já que nós estamos
entrando em dezembro, desejo um feliz Natal. Lá no Hospital São Pedro, estamos
fazendo a festa de Natal no dia 10 de dezembro. Queria convidar a todos, porque
será uma grande festa, já na próxima terça-feira. Muito obrigado e saúde para
todos.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Rodrigo
Maroni está com a palavra em Comunicações.
O SR. RODRIGO MARONI: Boa tarde Presidente
Paulo Brum, colegas, público que nos assiste; é com muita satisfação que eu
comunico que fui convidado a participar do I Congresso Internacional
Interdisciplinar dos Direitos Animais, que vai ocorrer na próxima semana no
Estado de Santa Catarina. Vai ser bastante interessante, e eu vou depois fazer
um relatório aqui e entregar para os colegas. Vão ser discutidas a questão da
experimentação, a proteção, o direito, as políticas públicas, os animais para
além da natureza, o estatuto jurídico dos animais, a instrumentalização dos
animais em pesquisa, no ensino., por pessoas de diversas universidades do Brasil e
do mundo; inclusive vai ter um pessoal representando faculdades da Europa, dos
Estados Unidos. Vai ser importante ter essa visão global. Eu espero que isso
colabore para a elaboração e a formatação de mais políticas públicas, para que
a gente possa trazê-las para cá e, com isso, contribuir com o Município de
Porto Alegre.
Quero falar também que, dentro dessa perspectiva,
eu tenho pensado em elaborar projetos, Bosco, ou resgatar aqueles que muitas
vezes foram apresentados em outros momentos, não se tornaram lei ou se
tornaram, mas acabaram não vigorando, para trazer o debate novamente. Porque
aquilo que a gente vive e vê é o que funciona, e, muitas vezes, projetos que,
em outros momentos, foram apresentados entraram em vigor na teoria, mas na
prática não.
Então, dentro dessa perspectiva, eu estou
apresentando um projeto aqui. Ontem, eu falei sobre a questão dos pacientes
terminais, mas um projeto que eu acho que vai ser fundamental na cidade de
Porto Alegre, e que lamentavelmente a gente não tem aqui, muito menos em outros
Municípios, é um projeto que delimite um espaço para os animais em todas as
praças e parques da Cidade. Hoje, não tem isso aqui, enquanto que, em Buenos
Aires, na Argentina, há um espaço para que as pessoas passeiem com seus animais
e lá podem soltá-los para interagir com outros animais. Hoje, nós temos aqui a
Encol, a Redenção, o Parcão, o Harmonia, bem como outros parques que não têm
esse espaço delimitado para os animais. Também observei, nas visitas que fiz,
no início do ano, em asilos – eu devo ter ido em torno de 200 asilos –, que
talvez um ou dois fizeram um trabalho de inteiração com os animais. E aqui eu
já disse que mesmo os idosos mais frágeis de saúde, os idosos que mais tinham
perdido a inteiração com outros idosos, que ficavam muitas vezes carrancudos,
depressivos, ao terem uma interação com animais, naqueles poucos asilos em que
eles foram colocados, havia uma qualidade de vida melhor.
Então, um outro projeto que, mesmo de forma talvez
não constitucional, porque é particular, mas que a gente pode apresentar ao
público e que serve de exemplo, é para que se tenha,nos asilos de Porto Alegre,
um espaço também de criação de um ou dois animais sob o argumento de melhoria
na saúde dos idosos que estão lá. Hoje são centenas de asilos, a gente tem uma
população com quase 10% de idosos na cidade de Porto Alegre.
Outro projeto também que eu tenho percebido
fundamental é sobre a questão do desembarque prioritário em frente às clínicas
e hospitais veterinários – na SEDA as pessoas ficam se acumulando lá durante
horas –, para que os carros possam parar e as pessoas possam descer e levar
seus animais em estado de urgência.
Quero relatar aqui também que ontem, quase às 23h,
fiz um resgate muito difícil na cidade de Viamão, na parada 70, quase no
pedágio. Uma cadela foi atropelada e ficou por quase dez horas sofrendo. Foi
muito difícil resgatá-la e segurá-la, pois ela estava com muita dor e não se
mexia do pescoço para baixo. Tive que usar cordas e uma coberta; levei quase
trinta minutos para tirá-la dali porque ela mordia, tinha quebrado a bacia e as
pernas. Foi muito triste porque ela estava desde as 14h ali jogada, atropelada,
com dor e ninguém se sensibilizou para ajudá-la. É mais um caso mostrando que
precisamos de uma Brigada para os animais, para fazerem esses resgates. Também
precisamos de um hospital público veterinário, porque eu tive, mais uma vez,
que levar o animalzinho para um hospital particular, visto que não há ninguém
que atenda depois das 17h ou 18h da tarde. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em
Comunicações.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos
assiste nas galerias, na TVCâmara, especialmente o Presidente do Conselho de
Cidadãos Honorários de Porto Alegre, o Sr. Salim Sessim Paulo, que sempre tem
abrilhantado nossos trabalhos com diversas iniciativas nesta Casa.
Estamos com alguns temas latentes na Cidade. Hoje
tivemos uma frutífera reunião de Mesa e Lideranças, porque, na realidade, o
gargalo do ano está afunilando e algumas deliberações importantes e necessárias
para o bom desenvolvimento das cidades, em algumas questões, em algumas
políticas públicas relevantes, precisam ser definidas para que possam entrar o
ano já valendo. Alguns deles foram abordados aqui, pelos oradores que me
antecederam, acho oportuno também que possamos fazer algumas reflexões.
Eu quero aqui dizer, com muita alegria, meu querido
amigo, Dr. Goulart, que foi um brilhante Secretário da Indústria e Comércio,
que eu, por diversas vezes, estive reunido com V. Exa. tratando de pautas e de
demandas, às vezes, pontuais, específicas, mas, algumas vezes, relativas a essa
questão dos food trucks. Acompanhei e
já estive, inclusive, participando de algumas feiras de food truck. Sabemos que, dentro desse cenário, existem algumas
contradições, mas precisamos enfrentar essa pauta. Que bom que, na
segunda-feira, está prevista a priorização desse debate. Sabemos que precisam
ser estabelecidos alguns regramentos para que não haja uma competição desleal,
porque, na realidade, Ver. Delegado Cleiton, que também procurou trazer esse
tema para o debate, apresentou o projeto, entendeu que era oportuno, talvez,
retirar o projeto para amadurecer melhor a pauta.
Eu participei de alguns eventos de food truck aqui no Gasômetro, mas há um
específico que quero trazer para fazer um contraponto, que foi aquele que
ocorreu no BarraShoppingSul e do qual participei. Ali há lojistas e uma praça
de alimentação estabelecidas com um custo alto, e os food trucks precisam se estabelecer, mas tem que haver um
regramento, porque, senão, acabamos proporcionando uma competição desleal.
Então, que bom que vamos enfrentar essa pauta, e
vejo com muito bons olhos que o Executivo pode estar procurando um regramento
com relação a esse assunto em Porto Alegre, porque eu acho que os food trucks realmente são uma evolução
do vendedor ambulante, do vendedor de cachorro-quente, mas precisa que seja
feito um regramento.
Quero também falar um pouquinho sobre o que hoje eu
escutava no rádio, também nos jornais, ainda está muito na agenda dos
Facebooks, que é a cobrança da população com relação a nós. Tenho certeza que
não deve ser somente na minha caixa de e-mails
que chegam cobranças com relação à regulamentação do Uber, mas eu vi que a polícia já identificou o quarto agressor daquele motorista do Uber –
circularam os vídeos no YouTube, na Internet, no WhatsApp – que foi agredido
ali no Carrefour. Eu acho importante e oportuno que hoje, na pauta do Governo,
isso seja uma agenda prioritária nossa. Que bom que a EPTC está dialogando com
o Sindicato dos Taxistas, com a categoria, para que a gente possa enfrentar
esta pauta, e, através de um debate transparente e objetivo, dentro das regras,
se possa estabelecer critérios dentro da razoabilidade e encontrar alguma
solução no que diz respeito ao Uber.
Para concluir, quero
dizer que estou muito satisfeito. Quero agradecer ao Ver. Kevin Krieger, porque
os senhores são sabedores que venho, desde 2012, trabalhando esse projeto de
lei que tem por objetivo trazer um realinhamento dos bairros da Cidade. Mas o
meu tempo praticamente se esgota aqui. Na segunda-feira, estaremos com essa
pauta presente na agenda da Casa. Vamos fazer um debate que se inicia e que,
talvez, não se encerre na segunda-feira, mas tenho certeza de que vai trazer
avanços significativos para algumas regiões da Cidade que não têm bairros, para
algumas confusões, para resolver problemas de correio das pessoas, e tenho a
certeza de que Porto Alegre vai sair ganhando com o enfrentamento deste debate.
Temos alguns pontos controversos, mas tenho certeza de que, coletivamente,
aqui, a maioria saberá entender que caminho deve tomar a nossa querida Porto
Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Titi
Alvares está com a palavra em Comunicações.
A SRA. TITI ALVARES: Boa tarde,
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, pessoas que nos acompanham nas
galerias. Hoje eu trago a esta tribuna um tema que certamente é de relevância e
de importância para todo o nosso povo brasileiro: ontem, o Presidente da Câmara
de Deputados, Eduardo Cunha, acatou o pedido de impeachment contra a Presidente Dilma, abrindo processo naquela
Casa. Há um ano, o povo brasileiro decidiu nas urnas quem deveria governar o
Brasil pelos próximos quatro anos. Desde então, aqueles que tiveram os seus
projetos rechaçados nas urnas não aceitaram a decisão da maioria do povo.
O PCdoB realizou uma
conferência extraordinária para debater o momento político que o Brasil vive, e
falou, lá em maio, que era preciso um amplo movimento de defesa da democracia e
do desenvolvimento nacional e de respeito à decisão do voto do povo brasileiro.
Queria, inclusive, cumprimentar o posicionamento do Presidente nacional do
PSOL, Luiz Araújo, que, ontem, em nota, falou que o impeachment era uma tentativa de golpe à democracia brasileira.
Ontem à noite, o
Brasil sofreu um duro ataque, portanto, à democracia, promovido pelo Presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, quando acatou o pedido de impeachment. Quem é o Presidente Cunha?
Cunha é hoje o principal porta-voz do conservadorismo no nosso País, das ideias
que lá na Europa já chegaram logo após a eclosão da crise econômica mundial e
que agora também chegam com muita força aqui ao Brasil. É ele o Deputado que
defende – e fez de tudo para que fosse aprovada naquela Casa – a redução da
maioridade penal. É ele o Deputado autor do PL nº 5.069, que coloca como
culpadas as principais vítimas de violência neste País, que são as mulheres
vítimas de estupro. É ele o Deputado do Estatuto da Família. É ele que mentiu à
própria Casa que preside, quando disse que não tinha contas no Exterior, sendo
provado depois que sim, que ele e seus familiares têm contas na Suíça não
declaradas no Brasil. É ele o Deputado que não tem autoridade alguma para
acatar pedido de impeachment
infundado juridicamente, sem nenhum tipo de fundamentação prevista na
Constituição brasileira.
Não é enfraquecendo a
democracia ou as instituições que vamos enfrentar a crise econômica e política,
crise econômica essa que só chegou ao Brasil sete anos depois da crise mundial,
porque justamente foram promovidas aqui neste País, por este Governo, várias
medidas anticíclicas de defesa e fortalecimento do Estado nacional, que
conseguiram, durante anos e anos, segurar a chegada da crise ao Brasil. É claro
que tem que ser investigada toda e qualquer denúncia de corrupção, e isso,
diga-se de passagem, está sendo feito mais do que em qualquer outro momento da
nossa história. É claro que têm que ser punidos aqueles que forem
comprovadamente culpados por qualquer ato ilícito ou de corrupção no nosso
País, especialmente os políticos. Agora, não é enfraquecendo as instituições
brasileiras, não é fazendo exatamente como
fizeram no Paraguai que vamos fortalecer a democracia, os avanços sociais e as
conquistas do povo. São os acertos, mais do que os erros que o último círculo
político promoveu que os defensores do golpe – porque é um golpe – estão
querendo promover com o impeachment
contra a Presidente Dilma, repito, sem nenhuma fundamentação jurídica, sem
nenhum respeito à nossa Constituição. Não
permitiremos que o Brasil volte para trás. Não será no grito que transformarão
o Brasil no Paraguai. Seremos maiores do que os militantes do ódio e da
intolerância. O Brasil está mais forte, e o povo e as suas instituições mais sólidas. Saberemos responder a esse atentado à
democracia e à vontade da maioria.
É tempo de
unidade, contra o golpismo e o conservadorismo, que não temem em invadir o
nosso País. Não ao golpe! Chantagistas e golpistas não passarão! Vamos, com
coragem, vencer aqueles que não aceitam as derrotas nas urnas. Vamos, com
coragem, enfrentar a crise econômica, a crise política e fazer com que o Brasil
retome o caminho do crescimento e do desenvolvimento. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, Ver. Paulo Brum; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, Ver. Márcio
Bins Ely, futuro Presidente do Creci, nossos cumprimentos pela sua eleição mais
uma vez. A atual diretoria do Creci encaminha ao nosso gabinete um pedido para
divulgar um fato, que me parece importante, porque
nós estaremos fazendo, aqui, um trabalho de utilidade pública.
São muito antigos os
golpes, tanto quando as imobiliárias ou administradores estão vendendo quanto
quando estão alugando imóveis. Neste momento, eles pedem para dar a devida
divulgação de que uma quadrilha de outro Estado do Brasil – por uma questão de
respeito, não vou citar o nome – está aqui no Rio Grande do Sul falsificando
documentos públicos com tamanha perfeição que os próprios tabelionatos têm dificuldade
de detectar, daí a possibilidade que eles estão
tendo de tomarem um dinheirinho na praça, em razão da perfeição na falsificação de documentos que se prestam para a transação
imobiliária, contratos de compra e venda. Então, o alerta: como se prevenir desse
negócio? Primeiro, em todo negócio urgente, ele precisa, o comprador ou
vendedor, tomar cuidado. A urgência, muitas vezes, é que leva as pessoas a não
enxergarem o óbvio. As barbadas, as facilidades também, ou, às vezes, até a
ganância de fazer ou a vontade de fazer um bom negócio leva as pessoas a
entrarem nestas frias, que são muito comuns de acontecer em vários ramos de
atividade. Na nossa, é muito comum. Também acontece na compra de automóvel, que
é outro ramo em que, muitas vezes, o pessoal anuncia e as pessoas vão correndo
para comprar. Este é o momento em que são assaltadas, são roubadas. Então, fica
este alerta aqui para que fiquem atentos, quem está comprando ou vendendo
imóvel no Rio Grande do Sul. Como se previne isso, como ter cautela? É paciência;
de um dia para o outro, não vai sumir o imóvel; dois, três dias, às vezes, é o
suficiente para se constatar que ali tem uma fraude. Só a cautela, porque, se
os documentos que são apresentados têm aparência de autenticidade, é difícil,
como eles mesmos dizem aqui. Se até os tabelionatos estão tendo dificuldades,
imaginem uma pessoa que não está acostumada a lidar com esses documentos que
comprovam a propriedade imobiliária. Então, ter cautela, deixando de um dia
para o outro para verificar; confirmar, efetivamente, se aquele sujeito que
está se apresentando é a pessoa com aquele determinado nome, enfim, daquela
identificação. Falsificam identidades? Claro que falsificam, mas sempre, num
negócio desses, de um dia para o outro, de uma semana para a outra, é o melhor
caminho para se ter um pouco mais de segurança.
O Ver. Delegado
Cleiton me acompanha atentamente, e, pela sua experiência profissional como
policial, tenho certeza de que vai concordar com que devemos ter cautela neste
momento. Um dos procedimentos para ter cautela e preocupação é a paciência,
deixar para assinar a escritura ou o contrato de compra e venda, como queiram,
dois ou três dias depois. Eu acho que é o melhor caminho para quem está
vendendo ou comprando não entrar numa fria. Então, serve aqui como um alerta.
Mais uma vez: uma quadrilha no Rio Grande do Sul está falsificando documentos
de propriedade imobiliária, tanto comprando quanto vendendo, porque, ao mesmo
tempo em que eles compram, eles vendem; fazem normalmente o negócio casado, e é
aí que eles conseguem aplicar o golpe. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Antonio Matos está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ANTONIO
MATOS: Boa tarde, Presidente Paulo Brum; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras.
Quero abordar alguns temas, mas começo pelo que a Ver.ª Titi Alvares abordou. O
que aconteceu ontem em Brasília não se limita a Brasília; tem consequência em
todo o Brasil. A nossa Câmara de Vereadores, senhores e senhoras, tem que
debater esse assunto também, e eu não estou aqui colocando isso sob o ponto de
vista de dividir ou culpar, mas de nos responsabilizarmos, podemos dizer assim,
com a história do Brasil. Não adianta a gente avaliar 1964 e o golpe se, neste momento,
tem gente na rua pedindo o golpe, saudosista do golpe! Então é importante,
Vereadores, acima de nossas possíveis divisões partidárias, que a gente pense
no nosso País.
Há um ano, elegemos a Presidência da República com
54 milhões de brasileiros votando. Não podemos lavar as mãos, fazer de conta
que isso não aconteceu e agora ficarmos de braços cruzados no golpe, que
aparentemente são poucos, mas a gente tem que contestar. Nós não podemos nos
furtar a fazer esse debate. Está certo que muitos acham que não é com a gente.
É, sim. É Brasil. E não é escrever apenas, vir para a tribuna ou ir à rua
colocar a culpa no outro. Eu chamo à responsabilidade o Parlamento
porto-alegrense! Estou propondo esse debate, essa discussão. Quando
decidiremos? O que não podemos é lavar as mãos para isso e, depois, como
aconteceu em 1964, ficar lamentando por dezenas de anos. É a história do Brasil
que está acontecendo, para o bem ou para o mal, depende dos brasileiros e,
inclusive, dos Parlamentares porto-alegrenses. Eu acho importante fazermos este
debate e chamo a atenção dos Vereadores e dos telespectadores da TVCâmara. Esta
é a posição do Partido dos Trabalhadores, nesta Casa – falo em nome da
liderança.
Por outro
lado, também quero chamar a atenção, Sr. Presidente, e a nossa responsabilidade
para o que está acontecendo neste momento, na Zona Sul, no bairro Hípica: um
despejo de 800 famílias que, durante 18 meses, ficaram ocupando o espaço,
acumularam suas economias e compraram uma área no bairro Lami. O que acontece?
A Brigada Militar, comandada por uma tenente-coronel, fez o despejo, baseada na
lei, e está impedindo que essa mesma comunidade acesse a área comprada,
inclusive com a presença do proprietário. É um absurdo o que está acontecendo
aqui! É na nossa Cidade, nós devemos pensar nisso, devemos pensar por que o
DEMHAB não está presente neste momento, já que é o responsável, é o gestor da
habitação em Porto Alegre. Hoje à tarde, haverá uma reunião, nesta casa, e nós,
Vereadores e Vereadoras, queremos fazer este debate aqui, no Parlamento de
Porto Alegre. Não é possível acontecer isso, são injustiças, agressões, etc.
Neste momento, tem gente na 6ª e na 7ª Delegacia da Zona Sul tratando disso.
Por fim, Sr. Presidente, recebemos o jornal A
Sirene, da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Susepe, da Perícia e dos
Bombeiros – são várias entidades. Aqui, eles estão fazendo a denúncia do que o
Governo Estadual está propondo. Eu tenho certeza de que, mesmo sendo
Parlamentar apoiador do Governo, não concordam com isso. Uma lei de
responsabilidade fiscal no Rio Grande do Sul que limita, e quem vai pagar por
isso serão os funcionários estaduais. Todos os funcionários estaduais que já
estão num problema sério para se manterem, não recebendo salário em dia, pois a
tendência é piorar, se for aprovado o PLC nº 206/15. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra em
Comunicações.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Boa tarde, público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara; Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores; Ver. Paulo Brum que preside a Sessão. Eu
gostaria, inicialmente, de fazer uma pequena colocação. A Constituição Federal
de 1988 estabelece que a Educação é direito de todos e dever do Estado e da
família. Além disso, ela também traz que o Ensino Fundamental é obrigatório e
gratuito, inclusive, a sua oferta é garantida para todos que não tiverem acesso
a ele na idade própria.
Abri a minha fala, hoje com esse pequeno trecho a
Constituição Federal, justamente para trazer à tona a discussão de um tema que
foi pauta de uma audiência pública, a qual foi proposta por mim na CEDECONDH,
na terça-feira passada, sobre o fechamento de turmas em duas escolas que
oferecem EJA, no Município de Porto Alegre, promovido pela Secretaria Municipal
de Educação.
Senhoras e senhores, esse fechamento foi um acordo
feito entre a Secretaria Municipal de Educação, com a anuência das direções
dessas escolas. A Escola João Goulart, para quem não conhece, situada no bairro
Sarandi; e a Escola Neusa Brizola, situada no bairro Cavalhada. Essas duas
escolas, de acordo com a Secretária de Educação, Cleci Jurach, perderão a
oferta da modalidade EJA para essas comunidades. Senhoras e senhores, isso é
inaceitável, visto que as comunidades não concordam com esse fechamento; os
professores também não concordam. E essa decisão das direções, em conluio com a
Secretária de Educação do Município, vai prejudicar o acesso dessa população ao
ensino que a Constituição garante. Para quem não conhece essas áreas, eu vou
falar com muita propriedade da região onde está situada a Escola Neusa Goulart
Brizola, porque eu sou morador da Zona Sul, me criei no bairro Vila Nova. Essa
escola está situada dentro de uma comunidade em que foram incluídas quatro
vilas que tinham problemas graves com relação ao tráfico de drogas. Lideranças
de tráfico foram colocadas dentro de um mesmo ambiente, o que fez com que os
momentos iniciais de trabalho dentro dessa escola se tornassem extremamente
terríveis, pesarosos.
Agora, nós temos uma realidade diferenciada. A taxa
de violência, na escola e no seu entorno, diminuiu sensivelmente, muito
provavelmente por conta do bom trabalho que vem sendo feito pela escola e da
apropriação da comunidade com relação a esse equipamento público. Esse fechamento
tende a afastar a população que precisa do serviço, do espaço e do ambiente
escolar. Todos nós, que lidamos com educação, sabemos que o nível de educação e
letramento dos pais tem influência direta nos filhos, o que reflete numa
diminuição da procura pela criminalidade como forma de sobrevivência por parte
dos pequenos, dos adolescentes. Então nós precisamos estimular ao máximo a
educação, inclusive entre as pessoas de mais idade.
O que me deixa mais pasmo – destaco aqui para o
Líder do PDT, o Ver. Márcio Bins Ely – é justamente um Governo cujo prefeito é
do PDT e cujo Secretário de Educação, hoje licenciado, era do PDT. Esse partido
sempre usa a sua maior figura, Leonel Brizola, que foi uma pessoa notoriamente
preocupada com a educação enquanto mote de campanha. Senhoras e senhores, João
Goulart e Neusa Brizola, que dão nome a duas escolas, foram notórios
trabalhistas. Acabar com a oferta de turmas de EJA nessas escolas é repudiar o
histórico do trabalhismo no nosso País e no nosso Estado; portanto, destaco
aqui essa ofensa à educação pública que é a proposta de fechamento dessas
turmas de EJA. Eu falo isso em meu nome e em nome da Ver.ª Fernanda Melchionna,
porque o PSOL não vai se calar frente a isso, nós lutaremos até o fim! Vamos
usar a imprensa, vamos tentar mobilizar a população, porque isso não pode
passar. A oferta da EJA deve ser mantida, as comunidades devem ter a ampliação
do serviço, e não a restrição. Depois, falamos em segurança pública. A
repressão não é a única forma de tirar a população da criminalidade, a educação
também é, e deve vir em primeiro lugar. Uma boa tarde a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra em
Comunicações.
O SR. JOÃO
BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, Ver.ª Sofia Cavedon,
que foi Secretária de Educação, e Ver. Prof. Alex, que é um professor
competente que trouxe esse assunto, ontem, para a Comissão de Direitos Humanos.
A coisa é parecida com o que V. Exa. falou, mas não é tudo isso. Em primeiro
lugar, a EJA não vai terminar nessas duas escolas; durante o dia, vai
continuar. O que os senhores estão querendo é que a Prefeitura mantenha, nas
duas escolas, à noite, 13 professores para 20 alunos. Isso foi dito ontem,
quando eu estava aqui. Uma professora que estava presente disse que estava
contente porque tinha um aluno e passou a ter oito. E os senhores reclamaram
dizendo que isso não é custo, mas investimento. Eu também acho que é
investimento, mas, ao invés de terem 11 professores, não podem ter 4 ou 5?
Faltam alunos para as turmas de EJA! Eu entendo esse embate, eu entendo essa
luta. Agora, querem colocar o trabalhismo nisso, como foi colocado ontem. O
pessoal da SMED, que estava aqui com as professoras, acabou, de certa forma,
desconstituindo o que estava sendo debatido, porque chegou a dizer: “Perguntem
para a Secretária se ela sabe quem é o Darcy Ribeiro”. Ora, as professoras da
SMED responderam que essas duas escolas têm turno integral, o dia todo. Ninguém
é contra a EJA. O Ensino Médio não vai desaparecer, como levantaram ontem. Foi
um prédio comprado por R$ 7 milhões do Colégio Santa Rosa de Lima, que
qualificou. Então, estão colocando tudo num balaio só, com o objetivo de manter
essa estrutura grandiosa para poucos alunos.
Também acho que as pessoas têm que ter, se
possível, nas suas comunidades, a oportunidade. Claro, eu concordo com isso!
Agora, dizer que o trabalhismo está contra, que o Prefeito está contra, que a
Secretária está contra... Ninguém está contra. É que, na realidade, por
exemplo, se o senhor, Ver. Prof. Alex, um dia, for
Secretário de Educação, vai ver como Secretário de Educação – o senhor mesmo
falou ontem que tem que ter gestão, e tem que ter gestão. Então, ninguém é
contra a EJA, não estamos contra a EJA, o Governo não está contra a EJA. E a
Secretária Sofia, que foi competente, sabe qual é a situação lá.
Eu vou repetir: o embate político eu entendo.
Agora, não dá para ter 11 ou 13 professores, no turno da noite, para 20 alunos,
para 15 alunos, para 8 alunos. Mas eu sou parceiro, já me coloquei à sua
disposição, ontem, para conversar, para tentar chegar a um denominador comum.
Eu só vim dizer que o senhor tem razão neste embate político, mas não é tudo
isso que o senhor falou aqui, porque tem também argumentos fortes para fazer o
contraponto, que é o que costumamos fazer aqui. Nós somos amigos, nós lutamos
pela mesma causa, também.
Eu só queria esclarecer que esta situação é focada
nas duas escolas, não é na Cidade toda, como tentaram levantar ontem lá. E
mais: as próprias diretoras – o senhor sabe – pediram isso. E as próprias
professoras concordaram com isso, ontem. Fico surpreso, por exemplo, que as
diretoras tenham pedido. Se elas pediram, é porque elas têm os dados. Mas nós
estamos juntos para tentarmos chegar a uma equação quanto a isso, Ver. Prof.
Alex. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em
Comunicações.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público presente nas galerias e público que nos assiste em casa; nós,
no final da semana passada e início desta semana, ouvimos muito – alguns
colegas ficaram assustados com as repercussões nas redes sociais, diga-se de
passagem, orquestradas. E hoje não se viu mais todo esse “alarmaço” nas redes
sociais e nem na imprensa, quando uma liminar – que foi pedida – foi negada,
referente ao que se dizia aqui na tribuna, na semana passada, várias vezes,
sobre o uso do aplicativo, que nós estamos pedindo para regulamentar –
proibindo para regulamentar. E aí o Juiz da 11ª Vara da Fazenda Pública nega
essa liminar feita pela Defensoria Pública que tinha como objetivo a proteção
dos motoristas particulares. O que nós buscamos, quando proibimos, era proteger
esses motoristas dos seus direitos trabalhistas, de ter não acabado os seus
direitos. Essas questões de plataforma e aplicativos nada mais são do que a
precarização do trabalho. Esta Casa, logo que cheguei aqui, aprovou uma Moção
de Repúdio à Emenda nº 03, que estava sendo votada no Congresso Nacional. Na
análise, o Magistrado considerou que a fiscalização é norma válida para todos
os veículos, independente de serem privados ou públicos, e reforçou: a
autoridade pública, quando exerce seu poder de polícia sobre determinada
atividade, sujeita a sua competência administrativa, o faz em defesa de
interesses públicos em estrito cumprimento do seu dever legal. Esses foram os
argumentos que nós usamos aqui na semana passada. Segundo informações do
Tribunal de Justiça do Estado, o Magistrado considerou que todos os
parceiros do aplicativo não formam uma coletividade de contribuintes, porque a
natureza do próprio serviço caracteriza-se exatamente pela absoluta ausência de
qualquer relação jurídica com as autoridades de trânsito locais. O magistrado
questionou, no caso de os motoristas serem alvos de futuras reclamações dos
próprios consumidores, a quem os consumidores reclamariam: “A quem os usuários
recorreriam para reclamar os seus direitos quando se sentissem prejudicados no
serviço?”. Falei aqui, na semana passada, que Abraham Lincoln e Osvaldo Cruz não
se curvaram. O Dr. Thiago foi muito feliz aqui quando lembrou a boate Kiss. Eu
acho que esta Casa está, com seriedade, tratando desse tema. Nós queremos
regulamentar, nós queremos que esses trabalhadores tenham os seus direitos como
os taxistas têm, nós queremos que a concorrência seja leal em Porto Alegre
entre taxistas e trabalhadores de plataforma e aplicativos – não desleal. Por
isso estamos muito tranquilos, ainda mais agora com a decisão do Judiciário
dizendo que esse sistema de transporte é ilegal em Porto Alegre, como já
afirmávamos aqui. Então, eu queria reafirmar meu agradecimento aos Vereadores
que votaram a favor do projeto que proíbe, mas que busca a legalização dos
transportes em plataforma.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta prossegue a sua manifestação, a partir deste
momento, para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Quero falar de um
tema que os colegas trataram aqui. Participei de vários fatos históricos da
minha vida pública como estudante e como sindicalista. Ontem estive em Brasília
participando do grande fato histórico, e não interessa quem o decretou, não é a
pessoa mais idônea deste País, mas o meu partido estava lá exigindo que quem
desempregou, que quem não cumpriu as suas promessas de campanha, que quem
acabou com o seguro-desemprego, quem acabou com o seguro defeso, quem mentiu
nas campanhas sofra o processo de impeachment.
Não quer dizer que vai acontecer, mas que a sociedade brasileira vai discutir o
impeachment. Mentira! Mentira neste
País também merece ser apurada! Disse que não iria aumentar a conta de luz,
disse que não iria gerar desemprego, reuniu-se com os aposentados de todas as
centrais do Brasil e disse que iria acabar com o fator previdenciário. Acabou
por dois anos! Dois anos só! Vetou o fim do fator previdenciário aprovado no
Congresso Nacional, vetou o reajusto para os aposentados, vetou todas as
conquistas que as centrais construíram e aprovaram no Congresso Nacional.
Vetou...
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: A sua bancada no Congresso Nacional e o seu Governo podiam acabar com a
terceirização! Podiam acabar com a terceirização! O seu Governo faz e executa
muito bem a terceirização nas escolas, na saúde, no próprio Governo, na própria
Petrobras, que quebrou! Está lá o processo de impeachment, não adianta ficar histérica, porque o seu Líder do
Governo saiu algemado de dentro do Senado! Algemado de dentro do Senado!
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Golpe foi nas eleições! Gastar uma fortuna mentindo para o povo, e, há
dois anos, fazer pedalada fiscal, ficar de joelhos para o Congresso Nacional
para rolar os débitos que tem com o povo, não honrar os compromissos com o
povo, isso que é golpe! Mentir para o povo brasileiro, isso é que é golpe!
Agora, ficam acusando de golpe?! Senador ser preso, sair algemado de dentro do
Congresso porque queria matar testemunha da Lava Jato! Subornar! Agora ficam se
fazendo de vítima? Vão responder para o povo sim! Por que acabaram com o
seguro-desemprego, por que tem nove milhões de desempregados: vão responder
para o povo sim! Por que quebraram a maior empresa petrolífera do mundo, que é
a Petrobras! Vão responder para o povo sim! Por que o Pronatec, o ano passado,
tinha um bilhão e, este ano, 280 milhões. Vão responder para o povo por que
mentiram e traíram o povo. Vão responder, e não adianta ficarem histéricos, não
adianta ameaçarem, não adianta! Eu estava lá ontem, eu estava neste momento
histórico do Brasil, em mais um momento histórico do Brasil: quando foi lido e
acatado o pedido de impeachment da
Presidente Dilma Rousseff. Deus me deu mais.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Eu estava do lado do meu Partido, do Presidente do meu Partido! O Cunha
é aliado do seu Partido, faz parte do seu Governo; o meu Partido não faz parte
do seu Governo. O Cunha faz parte do seu Governo, estava fazendo acordo com o
seu Governo, porque a sua Presidente teve coragem de dizer somente ontem que
não estava fazendo acordo com o Cunha. O Cunha estava há 60 dias dizendo que
estava fazendo acordo com sua Presidente e só ontem ela teve coragem de dizer
que não estava fazendo acordo com o Cunha. Se porventura alguém dissesse que
estaria fazendo acordo comigo há 60 dias, eu subiria a esta tribuna e diria que
era mentira, que não havia ninguém fazendo acordo comigo! Mas só depois que foi
lido o impeachment é que a Presidente
foi para a televisão, com a boca tremendo, dizer que não estava fazendo nenhum
acordo com o Cunha.
Então, vamos respeitar o povo, o povo não é burro!
O povo foi enganado nas eleições! Colocaram milhões e milhões em campanhas para
enganar o povo, dizendo, por exemplo, que não aumentariam a luz, mas acabaram
aumentando, dizendo que não iria ter desemprego, mas hoje temos 19 milhões de
desempregados. Então, está aberto o processo de impeachment, a Presidente tem tempo de se defender, portanto, não
fiquem nervosos.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Foi o seu Senador, o seu Líder do Governo que foi preso dentro do
Senado; é o seu tesoureiro que está em cana; é o seu chefe maior que está em
cana, por duas vezes, por roubar do povo.
Então, com muita força e fé, com o povo na rua, com
a solidariedade do povo e do meu partido, que nunca desistiu do impeachment, nós vamos devolver a Nação
ao povo brasileiro. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Paulo Brum): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Eu vou responder ao colega Vereador que deveria aqui fazer uma
mea-culpa, porque o seu partido votou, no Congresso Nacional, pela ampliação da
terceirização e que se orgulha, nesta tribuna, de estar ao lado do corrupto e
chantagista Eduardo Cunha! Mentiroso, corrupto e chantagista, com milhões no
Exterior! E aqui na tribuna diz que se orgulhou de estar ao lado dele! E ficou
muito claro ontem, para a Nação brasileira, quem estava chantageando, quem
estava barganhando, porque quando o Partido dos Trabalhadores fechou o voto
para a cassação do Cunha, ele resolveu dar curso ao golpe que está se armando
neste Brasil, golpe à democracia. Ficou claro e nítido quem estava barganhando,
quem estava chantageando, quem se sustentando e usando a Câmara Federal! Ele
sim, ele sim – se essa justiça não fosse imparcial –tinha que ser levado preso!
Ele sim atrapalha as investigações, ele usa o Congresso Nacional, a posição que
o povo brasileiro deveria respeitar, para se proteger, para proteger os milhões
ilegais que ele tem nas contas no Exterior! E isso o povo brasileiro já
percebeu. Ele deveria ter ido para a cadeia, porque ele, sim, mentiu e é réu
confesso! Mas, Vereadores e Vereadoras, eu respondo ao povo brasileiro com as
palavras da Presidenta Dilma...
(Aparte antirregimental.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Não, não vou responder. Vou responder com as palavras dos Governadores
do Nordeste. “Diante da decisão do Presidente da Câmara dos Deputados de abrir
processo de impeachment contra a
Exma. Presidenta da República, Dilma, os governadores do Nordeste manifestam
seu repúdio a essa absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos e derivados
de um indesejado retrocesso institucional. Gerações lutaram para que tivéssemos
plena democracia pública com eleições livres e periódicas e que devem ser
respeitadas. O processo de impeachment,
por sua excepcionalidade, depende de caracterização de crime de
responsabilidade, tipificado na Constituição, praticado dolosamente pelo
Presidente pelo Presidente da República. Isso inexiste, inexiste, no atual
momento brasileiro. Na verdade, a decisão de abrir tal processo de impeachment decorreu de propósitos
puramente pessoais, em claro e evidente desvio de finalidade. Diante desse
panorama, os Governadores do Nordeste anunciam sua posição contrária ao impeachment, nos termos apresentados. E
estarão mobilizados para que a serenidade e o bom senso prevaleçam. Ao invés de
golpismo, o Brasil precisa de união, diálogo e decisões capazes de retomar o
crescimento econômico com a distribuição de renda. Flávio Dino, PCdoB de
Maranhão; Ricardo Coutinho, do PSB da Paraíba; Camilo Santana, Governador do PT
do Ceará; Rui Costa, do PT da Bahia; Paulo Câmara, PSB de Pernambuco;
Wellington Dias, PT do Piauí; Jackson Barreto, PMDB de Sergipe; Renan Filho,
PMDB de Alagoas”. Nós temos certeza de que muitas vozes se levantarão contra o
que está caracterizado, sim, como golpe! Eu lamento que venham à tribuna, aqui,
Parlamentares que se dizem representantes dos trabalhadores, defender e
considerar crime; ao invés de devolver aos bancos, botar dinheiro no banco,
considerar crime usar as políticas sociais, que é disso que se tratam as
pedaladas, se trata de o Governo atrasar repasse para banco, para banqueiros,
para manter as políticas sociais! E quem considera isso crime, quer, de fato, o
desemprego, a recessão e o golpe neste País!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Prof. Alex Fraga
está
com a palavra em Comunicações, por cedência da Ver.ª Fernanda Melchionna.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Boa tarde, novamente, eu pedi a gentileza para a minha Líder fazer a sua
inscrição e, depois, me ceder o seu tempo para responder alguns questionamentos
que foram levantados pelo Ver. João Bosco Vaz, que
estava na reunião da Comissão de Direitos Humanos, junto a mim e a Ver.ª
Fernanda Melchionna. Ver. João Bosco falou que foi mencionado, dentro da nossa
reunião, que havia 20 alunos frequentando as aulas do EJA. Na verdade, não foi
bem assim, as próprias representantes da SMED trouxeram que na Escola Neusa
Goulart Brizola foi feito uma visita in
loco, no dia 8 de novembro, e, especialmente nesse dia, ela encontrou nove
alunos! Porém, as próprias professoras da escola trouxeram, como dado
assessório, que esse era o dia de recuperação de dia letivo, devolvido em
função da paralisação dos servidores, ou seja, não era um dia regular de aula. Ou seja, estavam lá apenas os professores que haviam aderido à paralisação,
à greve dos servidores municipais, e por isso o número reduzido de alunos. A
própria representante da SMED colocou que fez uma segunda visita à escola no
dia 22 de novembro e encontrou 45 alunos. Ou seja, não são 20! Inscritos no
início do período letivo são 90 matrículas, de acordo com os documentos
oficiais da escola. Agora, o que eu questiono: de quem é a escola Municipal? A
quem serve a Escola Municipal? À Secretária? A Secretária é um cargo de
confiança, ela pode ser deposta a qualquer momento. Um novo Secretário assume.
A Secretária não é a proprietária de nossas escolas. É da direção? Não, a
direção é eleita para cumprir seu mandato à frente da instituição. A direção
não é dona da escola, a escola pertence à comunidade, e a comunidade não quer o
fechamento do EJA. A comunidade precisa desse serviço público, ou seja, não é a
decisão da Secretária ou da direção que deve determinar esse fechamento, e por
isso tiramos como encaminhamento desta reunião, na terça-feira, o pedido de
audiência com a Secretária Cleci, para justamente ela poder ouvir a comunidade,
que em momento nenhum foi ouvida pela SMED. A SMED ouviu a direção. Um diretor
que é lotado com 40 horas na escola, cumpre metade da sua carga no período da
manhã e a outra metade no período da tarde, ela não aparece à noite, ela deixa
a noite desguarnecida, e muitas vezes são os próprios professores e um
representante pedagógico que tocam esse serviço. Portanto, existem direções que
consideram o EJA um fardo...
O Sr. João Carlos Nedel: V. Exa. permite
um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exa. já falou com a Secretária? É que
V. Exa. também é professor municipal, então acho que V. Exa. tem um diálogo
fácil com a Secretária. Estou estranhando que o senhor traz o assunto para cá
quando poderia ter um diálogo com a sua chefe, vamos dizer, profissional. Eu
acho que um diálogo seria importante de V. Exa., já que V. Exa. vive o assunto
lá. Isso é importante.
A Sra. Fernanda Melchionna: V. Exa.
permite um aparte? (Assentimento do Vereador.) Quero cumprimentá-lo, Ver. Alex,
pelo pronunciamento e pela luta. Só queria dizer ao Ver. João Carlos Nedel que
o seu chefe é o povo de Porto alegre, não a Secretária. Os secretários e os
governos passam, os servidores públicos servem à população. Parabéns pela luta em
defesa da educação!
A Sra. Sofia Cavedon: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do Vereador.) Prof. Alex, eu quero também dizer que nós,
da Comissão de Educação, nos colocamos à disposição. A CEDECONDH recebeu a
temática, mas, de fato, o EJA é fundamental para as comunidades da periferia. A
oportunidade de conclusão do Ensino Fundamental para jovens e adultos tem que
ser garantida, mesmo que sejam poucos alunos. O que tem que ter é política de
divulgação, de chamamento e de suporte para os nossos jovens, ainda mais que
agora será obrigatória até os 17 anos a escolarização. Nós precisamos que os
jovens voltem. O EJA tem uma pedagogia adequada para o jovem, para o adulto que
não concluiu na idade certa. Então, Prof. Alex, gostaria que a CECE se somasse
ao Governo. Já falei com o Bosco, e nós estamos nessa cruzada.
O SR. PROF. ALEX FRAGA: Muito obrigado, Ver.ª
Sofia.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Prof.
Alex Fraga prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, em Comunicação
de Líder.
O SR. PROF. ALEX FRAGA: Respondendo ao Ver.
João Carlos Nedel: enquanto nós tínhamos a audiência pública aqui, a Secretária
Cleci recebia uma representação do Simpa – Sindicato dos Municipários, junto
com professores da ATEMPA, que é a associação que representa a minha categoria.
A Secretária foi enfática em dizer que o EJA, nessas escolas, será fechado.
Essa é a previsão da SMED. Nós vamos pedir uma audiência pública, para tentar
sensibilizar a Secretária de que há um erro grosseiro e estratégico dentro dessa
linha de trabalho; certo, Vereador? Então, já houve um diálogo, ela já se
manifestou publicamente, por isso a minha grande preocupação.
Um outro ponto que o
Ver. Bosco trouxe, que eu não tinha falado, então aproveito o momento para
aprofundar, é com relação à integralização. O Ver. Bosco falou que o EJA
continuará a ser oferecido durante o dia nessas escolas. Não é verdade, Ver.
Bosco! Essas escolas oferecem Ensino Fundamental regular, não oferecem a
modalidade EJA nem pela manhã, nem pela tarde. Portanto, há um equívoco na sua
fala. E, senhoras e senhores, para aqueles que não têm conhecimento do que
acontece no Município de Porto Alegre, o que a nossa Secretaria Municipal de
Educação chama de integralização, eu chamo de piada. Educação integral nos moldes em
que foi prevista por Darcy Ribeiro, e aplicada dentro da estrutura dos CIEPs
desenvolvidos – principalmente os mais de ponta – no Estado do Rio de Janeiro
por Leonel Brizola, quando Governador, isso sim era educação integral. Educação
em que a criança ia para a escola, recebia todas as refeições, tinha um
programa político-pedagógico claro, objetivo e eficaz. O que nós temos no
Município de Porto Alegre é uma falácia. A criança cumpre a sua carga horária
durante um turno, e, no turno seguinte, não são todos os alunos aos quais é
ofertada a dita integralização. Existe uma escola em Porto Alegre – uma! – em
que há educação integral, é a Escola Porto Novo, inaugurada recentemente. Uma!
Em todas as outras, os alunos são supridos, são atendidos no extraturno, no
turno inverso, por oficineiros com projetos que não estão necessariamente
ligados às suas necessidades educativas. Portanto é uma grande piada. Se um
aluno, por exemplo, tem uma dificuldade em português, esse aluno é atendido nas
salas especiais de recursos. Esse aluno vai ter um, dois períodos no turno
inverso para atender a sua necessidade em português, e ele é considerado um
aluno de educação integral. Que piada é essa? Ele estuda durante um turno, tem
aula no turno inverso em dois períodos na semana, e é educação integral? Essa é
a educação do Município! Essa é a seriedade ou a linha de trabalho que a nossa
Secretaria de Educação tem adotado nos últimos anos. Então, por favor, Ver.
João Bosco, a integralização no Município de Porto Alegre está muito longe de
ser a maravilha que prega a Secretaria de Educação.
Com relação a nossa ocupação de vagas em EJA, o
Tribunal de Contas apontou para a Educação Infantil um dado muito interessante:
a Secretaria Municipal de Educação contabiliza como demanda apenas aqueles
indivíduos que procuram o serviço. Ou seja, se um pai procura uma escola de
Educação Infantil... “Ah, existe um percentual que deve ser destinado!” Porém o
Tribunal de Contas aponta que o que deve ser levado em consideração é a oferta
total, ou seja, todas as crianças da faixa etária devem ter acesso à educação.
E, no EJA, ocorre o mesmo, digamos assim, drible numérico. Nós não analisamos,
no Município de Porto Alegre, a necessidade da comunidade pelo serviço; nós
analisamos apenas os números da procura. Se não houver estimulação do Poder
Público para a procura dessas vagas, elas podem não acontecer. O indivíduo tem
que trabalhar, o indivíduo tem que pagar as suas contas, tem que sustentar a
sua família, e a educação pode ser deixada em segundo plano. Portanto cabe à
Secretaria Municipal de Educação estimular a população a procurar esses
serviços. Uma boa tarde a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra em Comunicações.
O
SR. DR. THIAGO: Caro Presidente, Ver. Paulo Brum; eu louvo aqui
desta tribuna as manifestações alusivas a Leonel Brizola, a Darcy Ribeiro; que
pena, Ver. Prof. Alex, que nunca foram atribuídas a eles em vida. Certamente,
se nós tivéssemos atribuído a grandeza, a lucidez e a visão de futuro a Leonel
de Moura Brizola, ele teria sido Presidente da República. Mas, naquele momento,
o ideal para que o status quo se
mantivesse, para que a corrupção continuasse, era que nós tivéssemos – quem
depois foi Presidente – o ex-Presidente Lula como candidato de oposição. Eu
digo que o homem médio, Ver. Janta, não consegue compreender, ele fica com
informações anárquicas, não consegue compreender no que esta situação atual é
diferente da situação do ex-presidente Collor! Não há como entender isso! São
situações análogas: o País imerso numa crise, uma crise financeira, mas, sem
dúvida alguma, é uma crise ética e moral, é uma crise que se consolida a partir
de um estelionato eleitoral, que quis nos fazer pensar que o País iria continuar
crescendo, que o desemprego não iria aumentar, que a luz não iria aumentar, que
nós não teríamos problemas maiores, dificuldades maiores, vendendo uma ilusão
para toda a Nação brasileira!
E não foi nada disso que
aconteceu. A situação que, no cerne, envolveu o PC Farias, à época; envolveu o
escândalo da Elba, é agora muito maior: agora envolve a maior empresa que este
País já teve, uma empresa que competia internacionalmente, que era a Petrobras,
a empresa que Getúlio iniciou e deixou de legado à Nação brasileira; envolve um
escândalo que coloca os últimos tesoureiros do Partido dos Trabalhadores na
cadeia e o líder do seu partido, no Senado, na cadeia! E não é que o cidadão
era ex-líder, o cidadão era o líder, e o partido agora não o reconhece, deixou
o cara desembarcado completamente, como se diz! “Agora não é mais nosso!” Isso
envolve uma situação bancária em que o cidadão, o Sr. André Esteves, teve a
cara de pau de botar o nome do banco de BTG, Back to the Game, por quê? Por que
BTG? Porque ele vende o banco por uma cifra, compra por uma cifra menor e
depois, é óbvio, valoriza esse banco, que volta à cifra anterior, e revende o
banco! Back to the Game! Volta ao jogo! Ele voltou ao jogo
a partir do banco!
Então, realmente, o cidadão médio, o homem médio, não
entende essa completa incoerência, incoerência da minha colega Vereadora, que
vem à tribuna e fala da terceirização, e o PT fez a maior terceirização que
este País já viu: uma terceirização criminosa na área da saúde. Terceirizou os
médicos e botou a culpa neles, como o caso do homem traído que põe a culpa no
sofá de casa. A culpa não é dos médicos, da saúde; a culpa é do sistema de
saúde, que não atende as necessidades mínimas da população brasileira!
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Passamos ao
Solicito ao Ver. Delegado Cleiton que assuma a
presidência dos trabalhos, para que eu possa fazer uso da palavra em Grande
Expediente.
(O Ver. Delegado Cleiton assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Paulo Brum está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR. PAULO
BRUM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, ocupo o
período de Grande Expediente que é a mim destinado e aproveito para fazer um
registro: estamos comemorando, no mundo, o Dia Internacional das Pessoas com
Deficiência. Essa data foi declarada na 37ª Sessão Plenária Especial sobre
Deficiência, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, realizada em
14 de outubro de 1992, em comemoração ao término da década, que adotou o dia 3
de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, por meio das
Resolução ARS nº 473. A data escolhida coincide com o dia da adoção do Programa
de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência, pela Assembleia Geral da ONU,
em 1982. Hoje, portanto, é um dia de reflexão em que o mundo todo passa a ter
um olhar mais profundo para as questões que envolvem as pessoas com
deficiência. Pedi alguns dados para que fiquem registrados nesta Casa, que nos
darão uma visão global: existem mais de 500 milhões de pessoas com deficiência
no mundo – 1/10 da raça humana -; 80% das pessoas com deficiência vivem em
países em desenvolvimento; 1/3 desses 80% é
composto por crianças; nos países em desenvolvimento 80% das pessoas com
deficiências vivem em zonas rurais; em todas as partes pessoas com deficiência
estão entre os mais pobres dos mais pobres – a elas é negado o acesso a
edifícios, informações, independência, oportunidades, escolha de opções e o
controle sobre a própria vida; estima-se que há 114 milhões de mulheres e
meninas submetidas à mutilação genital, o que pode levar a deficiências
severas, à infertilidade e até mesmo à morte – a cada dia, pelo menos 6 mil
meninas correm esse risco. Trago esses dados para nós meditarmos sobre todas
essas questões. O tema das pessoas com deficiência tem recebido grande atenção
da sociedade civil e dos órgãos públicos, especialmente nos últimos anos. No
plano nacional, podemos citar a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, assinada, ratificada e promulgada pelo Estado brasileiro, que
ganhou status de emenda
constitucional, conforme o art. 5º, § 3º, da Constituição Federal.
Em nível legal, temos leis. Posso citar a Lei nº
10.048/00 e a Lei nº 10.098/00, que garantem a prestação de serviços acessíveis
e a promoção da acessibilidade, que foi regulamentada pelo Decreto nº 5.296/04.
No âmbito do Executivo Federal, foi criada a
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa com Deficiência, que hoje é
chamada de Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos às Pessoas com
Deficiência, órgão vinculado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República.
Os Estados e os Municípios têm tido relevante
participação na defesa dos direitos das pessoas com deficiência, seja pela
aprovação de leis, decretos, seja pela criação de secretarias voltadas para o
tema.
Também foram instituídos conselhos dos direitos das
pessoas com deficiência no âmbito estadual e municipal, abrindo canais para que
a sociedade civil tenha papel relevante na construção das políticas voltadas
para as pessoas com deficiência.
Nós, aqui em Porto Alegre, queremos destacar a
criação – portanto, está em plenas atividades a nossa Secretaria Municipal de
Acessibilidade, que, em 2005 foi instituída, por lei, aprovada por esta Casa –
da Secretaria Especial, a qual, depois, com o Prefeito Fortunati, nós
transformamos em Secretaria Municipal da Acessibilidade e Inclusão Social, que
trata portanto das ações que visam à implementação da política da acessibilidade
em Porto Alegre.
Criamos também, e aí quero destacar a importância
desta Casa, o primeiro Plano Diretor de Acessibilidade do País, que foi,
portanto, instituído, votado, aprovado e sancionado aqui na nossa Capital.
O censo de 2000 diz que aproximadamente 14,5% da
população brasileira é constituída por pessoas com deficiência. Chegamos ao
número de quase 25 milhões de pessoas no nosso
País. Na segunda-feira à tarde, a secretária do Ver. Kevin Krieger me alertou
que estava na rede social uma campanha que foi instituída e criada pelo
Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Curitiba, no
Paraná. Num primeiro momento, causou-me muito espanto, muita indignação, e como
eu estava presidindo a Sessão, não pude ir fundo no assunto. Cheguei em casa,
dei uma pesquisada e vi que lançaram um outdoor
com dizeres que chocavam muito a nossa luta, enfim, todo esse período de busca
pelos direitos das pessoas com deficiências: “Pelo fim dos privilégios para
deficientes”. E aí houve um questionamento geral: o que é privilégio? Estar
numa cadeira de rodas, ser cego, ser surdo, ter a sua mentalidade atingida?
Será que isso é privilégio? Então, num primeiro momento, parecia que toda uma
política, toda uma vida de luta, de busca de conscientização da própria sociedade,
dos entes públicos, da política, para que pudéssemos escrever leis que nos
dessem o direito, que nos dessem a garantia de poder viver, sonhar e buscar o
nosso espaço junto à sociedade, teria ido por terra em razão de um outdoor defender o “fim dos privilégios.”
Mas, na verdade, Vereadora, foi um grande lance de mídia. E eu quero me
confraternizar com o Conselho de Curitiba por ter levantado essa polêmica, que,
em realidade, queria chamar a atenção da sociedade, enfim, do Poder Público de
um modo geral, para o cumprimento das leis que nos garantem o direito de sermos
cidadãos, que, no papel está maravilhoso, a nossa Constituição é a melhor
Constituição do mundo, no que diz respeito aos direitos e às garantias dos
direitos das pessoas com deficiência. Só que, na prática, isso não vem
ocorrendo.
O Sr. Cassio
Trogildo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Paulo Brum,
primeiro quero parabenizá-lo pelo pronunciamento, que não poderia ser noutra
data senão neste Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Em especial,
quero saudar a sua luta como ente político, que, mesmo antes de ser Vereador,
já trabalhava muito pela inclusão das pessoas com deficiência. Com certeza, com
a sua estada nesta Câmara Municipal, com a sua passagem pela Assembleia
Legislativa, a nossa cidade de Porto Alegre é uma outra cidade, com a sua
participação, com as leis das quais o senhor foi proponente, aprovadas na
Cidade, desde o primeiro ônibus acessível, o passe para pessoas com
deficiência, toda a organização que é a sua luta cotidiana ao longo da sua
trajetória para que tenhamos uma cidade mais inclusiva. Não poderia deixar de,
em nome da nossa bancada, fazer este registro, exatamente no Dia Internacional
das Pessoas com Deficiência. Parabéns, continue lutando. Porto Alegre é uma
cidade muito melhor, muito mais inclusiva, porque tem uma pessoa preocupada
cotidianamente com as pessoas com deficiência.
O SR. PAULO
BRUM: Obrigado, meu Líder, Ver. Cassio Trogildo.
O Sr. Kevin
Krieger: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Querido Ver. Paulo Brum, Vice-Líder do nosso Governo, quero dizer
também, em nome do Partido Progressista, que é uma satisfação poder, hoje,
estar prestigiando V. Exa. neste Grande Expediente, comemorando o Dia
Internacional das Pessoas com Deficiência. Hoje, o Partido Progressista, que
dirige a Secretaria Municipal de Acessibilidade, tem tido todo o cuidado de dar
continuidade ao trabalho que foi feito, ao trabalho que foi construído, porque
política se faz assim. Em política, se dá continuidade ao trabalho, e V. Exa.
tem na Secretaria da Acessibilidade a sua marca registrada como o grande
lutador para implantá-la na Cidade. Meus parabéns. O Partido Progressista tem
orgulho de poder dar continuidade, hoje, ao trabalho, buscando inovações.
Parabéns.
O SR. PAULO
BRUM: Obrigado, meu Líder, Kevin Krieger.
O Sr. Paulinho
Motorista: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Paulo Brum, é
uma honra fazer parte, com o senhor, desta Casa e do seu trabalho. A gente
conversa muito e acompanho V. Exa. há bastante tempo no seu trabalho em prol
das pessoas com deficiência física. V. Exa. sabe que trabalhei, volto a dizer,
24 anos como motorista de ônibus,
que me orgulho muito, e convivi muito com deficientes físicos, os quais tinham
dificuldades de andar no ônibus, de chegar até a parada de ônibus. Muitas
vezes, o elevador não funcionava para a entrada do cadeirante, e, com isso, eu
e o cobrador tínhamos que descer para ajudá-lo a entrar no ônibus, mantê-lo no
ônibus com segurança e ajudá-lo a descer. Meus parabéns, eu falo em nome da
Bancada do PSB, em meu nome e em nome do Ver. Airto Ferronato.
O SR. PAULO
BRUM: Obrigado, Ver. Paulinho.
O Sr. Rodrigo
Maroni: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito me honra
fazer este aparte, vim na carona dos colegas, Ver. Kevin Krieger e Ver. Cassio
Trogildo, justamente para comentar que o conheci aqui na Câmara e a
integridade, a seriedade que V. Exa. toca o seu trabalho. Eu acho que qualquer
pessoa que convive com a outra sente a energia da outra. Uma das coisas que eu
acho fundamental – e que V. Exa. é a prova viva – é que a vida tem as suas
compensações: às vezes, ela tira de um lado, e dá do outro. Na verdade, ela
sempre faz isso. Acho que o mundo tem uma forma natural de se reequilibrar. Eu
comentava isso com um deficiente visual e ele comentava que, pelo tato, ele,
muitas vezes, sabia com quem estava falando. E eu tenho certeza que a sabedoria
que V. Exa. demonstra na sua forma de ser, mais do que um político, um ser humano,
vem muito em torno das experiências que V. Exa. passou na vida.
O SR. PAULO
BRUM: O Ver. Paulinho Motorista referiu-se na questão do transporte e eu quero
dizer que nós iniciamos essa batalha por volta de 1986 com seis ônibus
adaptados. A inauguração dos primeiros ônibus adaptados foi uma festa linda. E
hoje nos chega a informação de que 60% da frota já está adaptada e a lei
determina, com a nova licitação implantada, que toda a frota de Porto Alegre
será totalmente acessível. As nossas lotações também já estão com
acessibilidade e, para o próximo ano, talvez no primeiro semestre de 2016, já
está no edital da licitação, que 89 táxis terão acessibilidade. Portanto, as
ações estão aparecendo para a nossa felicidade. Eu falava nessa ação
publicitária do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de
Curitiba, e agora eles estão lançando a segunda etapa: “Não é privilégio, é
direito”. Quero parabenizar o Conselho por essa ação. Ver. Cleiton, na
presidência, se V. Exa. me permite, vou fazer não uma comemoração mas quero
dizer que estou fazendo 40 anos de cadeira de roda. Em 1976, com 18 anos, sofri
um acidente de carro que me deixou essa marca, que carrego para toda a minha
vida. Procurei fazer dessa infelicidade aparente um motivo de luta, primeiro,
para que eu pudesse continuar vivendo e, em segundo, para tentar, com o meu
trabalho, facilitar e melhorar a vida de outros irmãos meus. É uma luta
permanente do dia a dia.
Só para registrar também que, ontem, dia 2 de
dezembro, o jornal Zero Hora trouxe a seguinte matéria: “Cadeirante pede
socorro em desabafo pintado em calçadas”, aí também foi um momento de grito, de
chocar e de pedir que, em especial, o Poder Público atente para um direito, que
é o direito de ir e vir. Nós, que utilizamos cadeira de rodas, precisamos de
tão pouco, que é apenas um acesso, a acessibilidade: é o meio-fio de uma
calçada rebaixada, um elevador, uma rampa de acesso. Por mais que a Secretaria
tenha atuado fortemente, que a gente tenha atuado cobrando essas ações, ainda
temos muito a desejar em Porto Alegre. O caso foi no bairro Santa Cecília, a
senhora, uma cadeirante, escreveu no piso, na calçada: “Nessa rua não tem lugar
para mim”. Parou com a sua cadeira, porque existe um cordão, e ela não tem o
seu direito constitucional garantido, que é apenas uma rampinha de acesso, um
rebaixamento do meio-fio, para que ela possa trafegar com a sua cadeira de
rodas. Nós já fizemos um Pedido de Providências à Secretaria Municipal de
Acessibilidade, e temos plena certeza de que, conhecendo o meu Líder, Ver.
Kevin Krieger, esse pedido será imediatamente resolvido, porque é uma questão
simples: é rebaixar o meio-fio, não tem custo para o Executivo, é uma mixaria,
tenho certeza de que vamos atender a essa demanda que chegou até nós através da
imprensa. Eu teria tanta coisa para falar, mas eu só quero agradecer pelo
espaço. Nós, recentemente, tivemos aprovado o Estatuto dos Direitos das Pessoas
com Deficiência, que foi uma luta do nosso Senador Paulo Paim. A Presidente
sancionou a lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência, que é o
estatuto da pessoa com deficiência no País, enfim, fazendo um elencado de todas
as leis existentes, melhorando e criando novos dispositivos para que haja,
verdadeiramente, a inclusão social das pessoas com deficiência no nosso País.
Agradeço o espaço. Sempre digo que este não é um dia para comemorar, mas é um
dia para refletir sobre o que nós queremos e o que nós precisamos para a tão
sonhada inclusão social. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Quero aproveitar, Ver. Paulo Brum, para também
fazer uma saudação aos Delegados de Polícia. Hoje, dia 3 de dezembro, é o Dia
do Delegado de Polícia. Quero prestar uma homenagem aos meus colegas, estou
vendo aqui o Comissário Santos, um grande amigo, lutador comunitário. Nesta
data, quero saudar a todos os policiais que tombaram no exercício da sua
função. Todos, não só os delegados, mas todos os agentes que fazem esse
excelente trabalho, tentando trazer paz. Quero também saudar o pai da Ver.ª
Mônica Leal, que foi um grande defensor; o meu querido amigo Delegado Jardim,
que é o homem que nos dá segurança aqui na nossa área, na 1ª Delegacia. Faço
aqui a minha homenagem aos colegas delegados e à Polícia Civil. Na outra
semana, no dia 15, nós faremos uma homenagem aos 55 anos da Asdep – Associação
dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul. Então, eu gostaria de contar com
a presença de todos. Inclusive, virão aqui delegados do Interior, porque nós
teremos, nesse dia, uma assembleia geral na Asdep, logo após a comemoração que
será feita nesta Casa.
Apregoo Memorando nº 20/15, de autoria do Ver.
Reginaldo Pujol, nos termos do art. 227, § 6º e 7º
do Regimento – justificativa de falta –, que comunica a sua participação na Convenção Nacional dos
Democratas, na cidade de Brasília,
no dia 3 de dezembro. Não serão geradas despesas de locomoção para este
Legislativo Municipal.
O SR. RODRIGO
MARONI: Ver. Cleiton, eu quero entregar à Mesa Diretora, mais especificamente para
ti e para o Ver. Paulo Brum, um pedido das taquígrafas que foi encaminhado pelo
Ver. Nereu D’Avila, deferido pelo Presidente da CCJ e assinado por vários
Vereadores, sobre as condições de insalubridade e periculosidade na Câmara
Municipal de Porto de Alegre.
(O Ver. Rodrigo Maroni procede à entrega do documento ao Ver. Delegado
Cleiton.)
O SR. PRESIDENTE
(Delegado Cleiton): Considero o documento apregoado e comunico que ele será entregue ao
Presidente.
(O Ver. Paulo Brum reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE
(Paulo Brum): O Ver.
Paulinho Motorista está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Boa tarde, Presidente
Paulo Brum, demais Vereadores, pessoal que nos assiste nas galerias e pela
TVCâmara. Eu quero saudar o Dia do Deficiente Físico. Ver. Paulo Brum, assim
como o senhor, tenho vários amigos também deficientes físicos que viajaram por
muito tempo comigo, enquanto estive como motorista de ônibus. Com certeza,
acredito que foram bem tratados, como todos nós devemos ser, não temos
diferenças, somos seres humanos. Como V. Exa. falou, não é um privilégio; ir e
vir é um direito de todos. Por isso, parabéns a todos os deficientes físicos,
de coração, somos todos irmãos.
Hoje também é Dia do Delegado – parabéns, Delegado
Cleiton; parabéns a todos os delegados e policiais civis que trazem segurança
para Porto Alegre. São pessoas que trabalham com todo o esforço possível para
que as coisas andem no caminho certo. Pena que, às vezes, isso não depende só
deles – do delegado, do policial, do brigadiano –, a situação está difícil para
todos. Parabéns também ao meu amigo Delegado Fernando, ao Delegado Thiago,
Delegado Valter, enfim, para todos os delegados e policiais civis. A situação
em Porto Alegre está complicada. Esta semana mesmo tivemos essa situação com os
ônibus incendiados, situação com que convivi durante muitos anos. Havia aquela
fase da semana dos assaltos, semana das pedradas nos ônibus. A gente saía na
madrugada para trabalhar, Ver. Paulo Brum, e não sabia o que ia acontecer; saía
cedo de casa sempre com aquela tensão: “Poxa, assaltaram meu colega na parada.
Atacaram o ônibus na parada. Atiraram pedra no ônibus naquela região”. Eu
mesmo, Ver. Dr. Raul, saía de manhã pensando no que podia acontecer. Imagina o cara
que está dirigindo um transporte coletivo com 180 passageiros dentro, ele é
responsável, Ver. Alex, Ver. Kevin, por todas aquelas vidas: “Será que não vou
passar agora, e alguém vai me atirar uma pedra e deixar todo mundo perdido aqui
dentro?” Imagina a tensão que o motora vive no dia a dia e, ainda, agora, com a
situação que está acontecendo em Porto Alegre. E não só o motora, também o
cobrador e os 180 passageiros que saem de casa para trabalhar, Ver. Alex.
Imagina a situação do camarada! Já sai de casa estressado, conta para pagar,
problema para resolver na família, doença e ainda sem aquela certeza de chegar
ao seu destino sem que nada aconteça. Nesses últimos dias, parece que a coisa
acalmou, e a gente fica mais feliz, mas esperamos que não volte a acontecer,
porque isso nos atinge. Quando a gente olha uma reportagem, Ver. Maroni, a
gente já não dorme direito, a gente fica com aquela tensão, porque sente o que
o cidadão está passando. Muitas vezes alguém pode pensar: “Sou Vereador, minha
vida é tranquila, não penso em fulano, não penso em sicrano”. Não. A gente foi
eleito pela população, a gente vive com a população nas comunidades, Ver.
Antonio, presente nos problemas da comunidade, então tudo aquilo a gente sente,
a gente vive, não passa despercebido. Os 36 Vereadores, sendo de que partido
for, de oposição ou situação, não interessa, todos vivemos para trabalhar por
Porto Alegre, e acredito que temos feito nosso trabalho com muita dedicação.
Ver. Mendes Ribeiro, com um pouco de cada um, a
população é que ganha. Muitas vezes pensamos diferente aqui, mas queremos o bem
da sociedade. Fazemos o nosso trabalho no dia a dia, e a nossa segurança
precisa aumentar, seja com as Forças Armadas, seja com quem for, porque a
situação está ficando difícil. A gente vê no dia a dia que a bandidagem está
querendo tomar conta. Eles vêm chegando, vêm atacando, e às vezes nada é feito,
porque é difícil de combater. Mas esperamos que o nosso futuro seja melhor.
Estamos no final do ano, espero que a gente não escute notícia de muita
tragédia – não é, Maximus? – como tem acontecido no trânsito, no dia a dia, com
assalto à mão armada. Que a gente entre o ano de 2016 com uma perspectiva
melhor para a nossa população e para nós mesmos, porque nós somos a população.
Continuaremos trabalhando nas nossas Comissões, no nosso plenário, Ver. Cassio,
Ver.ª Titi, fazendo o possível e o impossível para que as coisas melhorem para
a nossa população. E que a gente consiga andar mais tranquilo e receber
notícias boas.
O Sr. Kevin Krieger: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Caro amigo Paulinho, eu queria fazer um
simples depoimento sobre a importância do teu mandato nesta Câmara de
Vereadores, na luta em prol desses trabalhadores que são os motoristas e
cobradores e também das pessoas que são levadas todos os dias por eles. Então,
como Líder do Governo, faço questão de fazer este reconhecimento ao teu
trabalho, à tua dedicação a essa causa dedicada, principalmente a esses
trabalhadores que fazem muito pela nossa Cidade.
O SR. PAULINHO MOTORISTA: Obrigado pelas
palavras, Ver. Kevin Krieger, nosso Líder do Governo. Eu quero deixar um abraço a
todos. Quero deixar um abraço para a minha equipe que trabalha comigo no dia a
dia, porque, sem eles me auxiliando e me assessorando, não estaria conseguindo
realizar este meu trabalho humilde e simples, mas é um trabalho com o qual, com
certeza, a gente consegue chegar lá.
O Sr. Rodrigo
Maroni: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu estava falando
com o Ver. Kevin Krieger, que me motivou, inclusive, a vir falar aqui,
Paulinho, do teu mandato. Quem sou eu para julgar?! Mas eu diria que, de todos
os mandatos parlamentares que a gente acompanha – seja aqui da Câmara, da
Assembleia ou de outras Câmaras –, tu, seguramente, estás entre os mandatos que
mais representa, de fato, a população autêntica, pois tu és um trabalhador do
povo, uma pessoa que veio da expressão popular, com uma campanha que quase não
custou nada, barata. Tu és, na verdade, a contramão do que hoje, muitas vezes,
o Parlamento representa eleitoralmente. Seguramente, se fosse para apostar,
antes da eleição, se tu conseguirias estar aqui, poucos apostariam. E eu fico
muito contente. Mesmo que a sociedade ande, muitas vezes, de forma lenta e
contrária, infelizmente, ao que deveria ser, às vezes, dá o azarão de ter
pessoas representando-a, de fato, como deveria ser majoritariamente. O teu
trabalho é muito bacana, tu não mudaste nada a tua forma de ser, pelo
contrário, hoje, quando caminhamos pela Zona Sul, volta e meia, ouve-se falar
do Ver. Paulinho Motorista, que, seguramente, não está dando rancho, não está
comprando voto nenhum, mas está lá trabalhando, empenhado de forma muito
simples e humilde, está sendo reconhecido, e eu fico muito contente com isso.
Que teu mandato tenha vida longa, que tu te reelejas muitas vezes, porque tu és
uma expressão do bem e, seguramente, um exemplo para os jovens e para a
população em geral, para mostrar que a política também pode ter pessoas do bem.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Obrigado.
O Sr. Dr. Raul
Fraga: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu também gostaria
de me somar, Ver. Paulinho Motorista, porque a gente se conhece há pouco tempo,
mas já deu para perceber como V. Exa. trabalha. A sua sensibilidade, com certeza,
essa forma de trabalho, essa garantia de um bom serviço prestado à comunidade,
de tratar todos com humildade, com carinho, com certeza, isso lhe trouxe aqui
para esta Casa, e isso é que vai, se Deus quiser, continuar mantendo-o aqui, ou
pessoas com a mesma índole, que fazem pela comunidade sem querer nada. Hoje, casualmente, o senhor está como Vereador, mas tem 24 anos
como motorista. A gente sabe o que é isso, e o estresse que é isso, e quantos
não conseguem tratar bem as pessoas. E V. Exa. tem esse dom, que é maravilhoso,
de bem tratar o próximo, que é isso que nós queremos para toda nossa
comunidade. Parabéns!
O SR. PAULINHO MOTORISTA: Obrigado, Dr.
Raul.
O Sr. Cassio Trogildo: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Paulinho, queria aqui, em nome da
Bancada do PTB, parabenizá-lo pelo seu trabalho. O senhor sabe, eu já lhe disse
pessoalmente, que, na campanha eleitoral de 2012, eu caminhava, Sr. Presidente,
Ver. Paulo Brum, na Moradas da Hípica, naquele casa a casa, e passei numa residência
e uma senhora me atendeu: sou Cassio Trogildo, fui Secretário de obras, sou
candidato a Vereador. “Ah, meu filho, eu quero dizer que tem aqui um rapaz, o
Paulinho Motorista, que cuida muito da gente aqui. Então, não vou poder votar
no senhor, porque eu já tenho candidato.” E eu já repeti algumas vezes aqui o
que eu disse para aquela senhora: a senhora faz muito bem por já ter escolhido
alguém que a senhora conhece e que a senhora sabe vai bem representá-la na
Câmara de Municipal. Eu não te conhecia, naquela época, e essa pessoa e todos
os teus eleitores e a cidade de Porto Alegre ganharam muito com a tua
representação aqui, e teu trabalho, com certeza, vai ser muito mais reconhecido
na próxima eleição. Parabéns pelo teu trabalho e pela tua dignidade por tudo
que tens construído pelo bem de Porto Alegre. Um grande abraço.
O SR. PAULINHO MOTORISTA: Obrigado,
Cassio, um grande abraço.
A Sra. Mônica Leal: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Paulinho, falo aqui, tenho certeza, em nome das
Vereadoras, e dar o meu depoimento. Foi uma grata surpresa te conhecer, não só
o prazer e o privilégio de te conhecer, mas o teu trabalho, essa forma
cuidadosa, respeitosa, afetuosa como tu tratas todas as pessoas, desde os
funcionários, os colegas, as pessoas que vêm a esta Casa. E é muito importante
registrar aqui, Sr. Presidente, que através da tua pessoa eu tive a
oportunidade de conhecer esse teu ofício. Porque sempre que a gente pode
conversa sobre aquilo que tu fazias, o horário, as dificuldades, as
preocupações. E isso me ajudou muito no que diz respeito à segurança pública.
Porque eu logo trouxe para o meu lado essa necessidade cada vez maior de
lutarmos por segurança para esses homens que dirigem tarde da noite, enfim, em
qualquer horário e que transportam passageiros. Então, quero dar esse
depoimento em nome da Bancada Progressista, das mulheres, e dizer que,
realmente, tu foste uma grata surpresa e levarei comigo sempre essa lembrança desse bom
convívio. Obrigada.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Muito obrigada, Ver.ª Mônica Leal.
O Sr. Márcio
Bins Ely: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Paulinho Motorista, querido amigo, quero aqui também trazer um
abraço fraterno da Bancada do PDT, o reconhecimento ao teu empenho, à tua dedicação
ao povo de Porto Alegre, especialmente ao povo mais humilde. E falo aqui em meu
nome e em nome dos Vereadores João Bosco Vaz, Nereu D’Avila, Delegado Cleiton e
Dr. Thiago para dizer que realmente, na tua simplicidade, mas na tua atitude,
na tua força de vontade, determinação e empolgação, trouxeste aqui para a
reflexão de nós todos, em várias oportunidades, o debate sobre o banheiro do
motorista na ponta, na chegada e na saída da linha, e outras questões que
diziam respeito ao transporte coletivo. Quero fazer aqui referência à questão
dos ar-condicionados dos ônibus e tantas outras bandeiras que tu muito bem
empunhaste aqui de peito estufado e cabeça erguida. Fica o nosso
reconhecimento, um abraço fraterno, que Deus continue te iluminando.
O
SR. PAULINHO MOTORISTA: Obrigado, Ver. Márcio.
O Sr. Airto
Ferronato: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Querido amigo Paulinho Motorista, nosso Vereador, estou falando aqui
em meu nome, em nome do meu Gabinete e tenho certeza de que falo em nome do
nosso Partido, o PSB, dizendo da importância da tua chegada conosco. E tu sabes
disso. Marinheiro em primeiro mandato, todos nós tínhamos apreensões e o
partido também tinha em razão da tua chegada aqui. Tenha certeza hoje de que o
partido reconhece em ti uma grande figura humana, um grande Vereador e um homem
preocupado com as questões da cidade de Porto Alegre. Portanto o PSB te deixa
aí um abraço carinhoso e nós também. Obrigado.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Muito obrigado, Ver. Ferronato, sempre meu parceiro. Então, Presidente,
para concluir eu quero deixar um abraço a todos, todos aqui presentes, sem
exceção, o pessoal que nos assiste em casa, grande Oscar, e obrigado sempre
pelo carinho de todos. Como a Ver.ª Mônica mesmo falou, o pessoal aqui, sem exceção,
todos os setores nos ajudam muito e, com certeza, a gente tem carinho por
todos. Fomos criados assim, para tratar as pessoas igualmente, sem tratar um
melhor que o outro, e eu só tenho que agradecer o carinho de todos vocês, de
Vereadores e Vereadoras, e, com certeza, eu me orgulho das nossas Vereadoras
mulheres, com todo respeito que tenho, assim como as funcionárias também. É
isso que eu quero deixar: um grande abraço a todos e que a gente tenha uma
perspectiva boa para 2016. Eu tenho um carinho imenso por todos, sempre na
humildade e simplicidade. Quero dedicar um abraço a vocês e dizer que me sinto
muito bem aqui com todos pelo carinho que vocês também me dão no dia a dia,
porque este é o nosso ambiente, é o nosso trabalho, e assim devemos seguir. Um
abraço, pessoal!
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 16h57min.)
* * * * *